COMÍCIO

Dilma e Lula vêm a Campinas apoiar Pochmann

Alto escalão do PT participou de comício em apoio à campanha de Pochmann

Cecília Polycarpo Cabalho
20/10/2012 às 14:29.
Atualizado em 26/04/2022 às 20:18

Membros do primeiro escalão do governo federal compareceram em peso ao Largo do Rosário, na região central de Campinas, na manhã de ontem, para apoiar o candidato a prefeito Marcio Pochmann (PT). O comício, com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a cartada final do PT para tentar derrotar Jonas Donizette (PSB) no segundo turno das eleições municipais, no próximo domingo. O pessebista tem 45% das intenções de voto, contra 39% de Pochmann, segundo a pesquisa Ibope divulgada no início da semana passada.

Além de Lula e Dilma, cinco ministros e as principais lideranças do partido subiram ao palanque para discursar a favor do candidato, como Aloizio Mercadante, chefe da pasta de Educação, e Alexandre Padilha, ministro da Saúde. Candidatos a prefeito do PT que foram eleitos no primeiro turno, como Carlinhos Almeida — de São José dos Campos —, e até nomes que ainda estão em campanha no segundo turno, como Isaac do Carmo, de Taubaté, também foram convocados.

Uma multidão de militantes do PT tomou a praça e as ruas do entorno do Largo. De acordo com a Polícia Militar (PM), 5 mil pessoas assistiram ao evento. A coordenação do comício, entretanto, afirmou que no local havia cerca de 10 mil pessoas. Dilma e Lula, discursariam às 11h, subiram ao palanque com 50 minutos de atraso.

Todos que tiveram vez ao microfone atacaram Jonas, a quem se referiram muitas vezes como “tucano”. O pessebista, que tem como vice em sua chapa Henrique Magalhães Teixeira (PSDB), foi acusado de ser a favor do chamado “pedágio urbano” e de não ter experiência administrativa. Os políticos também se empenharam para passar a imagem de que Pochmann foi o principal articulador de programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

Lula lembrou das eleições de 1989, quando começou como candidato nanico e acabou indo para o segundo turno — uma alusão à trajetória de Pochmann em Campinas. “O medo acabou prevalecendo naquelas eleições. O medo da mudança, o medo do novo. Mas Campinas não pode cometer o mesmo erro que a população cometeu em 1989. Medo que custou 12 anos de atraso para o Brasil”, disse o ex-presidente.

Dilma

O discurso de Dilma foi o mais longo do dia. Durante 17 minutos, a presidente destacou a importância de Campinas para o País e afirmou que precisa de gente do seu “time” para fazer a cidade crescer nos campos tecnológico e logístico. A petista disse ainda que, com o trem de alta velocidade (TAV) e a ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, a cidade terá mais recursos do governo federal. “Preciso de um homem de confiança para gerir esses investimentos. Eu e o Pochmann somos representantes de uma nova forma de fazer política, sem clientelismo, sem pequenas concessões de benefícios. Seguimos um plano concreto”, disse.

Pochmann, que falou menos do que seus dois principais cabos eleitorais, voltou a destacar propostas do plano de governo, como os centros de educação unificados (CEUs), as creches 12 por 12 — onde crianças ficariam em tempo integral, durante os 12 meses do ano — e o Bilhete Único Mensal. “Campinas terá um transporte como o de Nova York e o de Paris, onde se paga um valor fixo por mês para circular quanto quiser.”

Serafim

No início do comício, o prefeito Pedro Serafim (PDT) surpreendeu a plateia com um discurso inflamado a favor do candidato petista. “Fui candidato e agradeço aos votos de todos vocês. Mas tive que escolher um lado. Escolhi o Pochmann pelo Lula e pela Dilma. Mas também pelo currículo desse homem. Se a gente comparar, só existe um nome capaz de dirigir Campinas hoje”, afirmou.

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