CAMPINAS

Dia era de pedestres, não de carros no Centro

Protesto deixa 28 pontos de interdição na cidade; ônibus deixam de circular

Da redação
igpaulista@rac.com.br
21/06/2013 às 00:45.
Atualizado em 25/04/2022 às 11:24

Campinas viveu nesta quinta-feira (20) um dia histórico que mudou a rotina de muita gente que transita diariamente pela região central. De acordo com a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), até as 22h desta quinta eram 28 pontos de bloqueio no trânsito. Com o fechamento das principais ruas e avenidas, os ônibus não circularam pelo Centro. Pontos alternativos foram criados e os agentes de trânsito que estavam nas ruas davam orientação aos passageiros.

O comércio de rua atendeu à recomendação da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) e fechou as portas antes mesmo das 16h. A maioria dos comerciantes se mostrou solidária ao protesto e muitos colocaram cartazes nas portas pedindo paz. Os vidros de quatro agências do banco Santander, localizadas no Largo do Rosário e na Avenida Francisco Glicério, foram protegidos com tapumes para evitar depredações.

Os manifestantes iniciaram a marcha na Avenida Francisco Glicério e rapidamente tomaram as duas faixas da Avenida Moraes Salles. O tráfego na região estava interditado desde às 16h, mas ao longo da passeata, grupos menores se dispersaram da multidão e novos bloqueios no trânsito tiveram que ser feitos para garantir a segurança das pessoas que protestavam.

De acordo com a Emdec, até as 22h desta quinta, Campinas registrava 28 pontos de interdição no trânsito. Na região central, que concentrou o maior número de manifestantes, três cruzamentos na Francisco Glicério foram fechados, outros cinco na Moraes Salles e três na Campos Salles. A Avenida Anchieta, palco dos conflitos, ficou totalmente bloqueada. Manifestantes também rumaram para a Orosimbo Maia, Avenida José de Sousa Campos (Norte-Sul) e para o Centro de Convivência, bloqueando as ruas Conceição e General Osório, mas nesses locais houve apenas manifestações pacíficas.

Às 17h20, os terminais de ônibus do Mercadão e o Central foram fechados. O Viaduto Cury e a Avenida João Jorge também tiveram pontos de bloqueio. Cerca de 120 agentes de trânsito participaram da operação. Apesar das mudanças viárias, Campinas registrou ontem, segundo a Emdec, apenas dois quilômetros de congestionamento. Muitos motoristas também evitaram a região durante os protestos e não foram registrados maiores problemas no trânsito.

Quem precisou pegar ônibus para voltar para a casa na hora do ato público teve de ter paciência. O faxineiro Aparecido de Sousa, de 66 anos, não conseguiu tomar um ônibus na Avenida Moraes Salles na tarde de ontem, quando o protesto começava a passar pela avenida. Apesar de não saber a que horas chegaria em casa, ele era a favor da manifestação. “Desde que não tenha violência, que não quebrem nada, é muito bom.”

As pessoas que participaram do manifesto também enfrentaram dificuldades para encontrar pontos de ônibus na região central durante a noite. A circulação dos coletivos pela região começou a se normalizar por volta das 21h30, quando o Terminal Central foi reaberto. De acordo com a Emdec, os terminais de ônibus Vida Nova e Vila União foram fechados às 22h30 após sofrerem atos de vandalismo.

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