Maria de Fátima - IG Paulista (Cedoc/RAC)
No próximo dia 8 se comemora o Dia Internacional da Mulher. Movimentos populares que defendem os direitos das mulheres se mobilizam e programam eventos e manifestações em vários locais.
Geralmente é nesse dia que dados estatísticos assustadores são veiculados na mídia a respeito da violência contra a mulher, ou violência de gênero. Para se ter uma ideia da gravidade desse tipo de violência, dados apontam que a cada 15 minutos uma mulher é vítima de morte violenta no mundo.
Esses crimes acontecem principalmente por conhecidos dessas vítimas, em geral, companheiros, namorados e aqueles que estão na condição de “ex”. O ciúme associado com o machismo é o motivador mais frequente dessas mortes. A arma de fogo é a mais utilizada para o cometimento do crime, portanto, muitos deles não ocorreriam se elas não estivessem facilmente disponíveis. A mulher que é agredida freqüentemente por seu companheiro terá uma grande chance de entrar nessa macabra estatística.
Existe um grande número de mulheres que são agredidas por maridos ou companheiros durante 10, 20, 30 e até 40 anos. Elas apresentam uma dependência emocional por eles e para romper com o ciclo da violência precisam de ajuda profissional. Não é apenas a mulher que sofre nessa situação, os filhos e familiares próximos também padecem.
Um número considerável de homens agride quando está sob o efeito de bebida alcoólica e as vítimas acreditam que a bebida é a culpada por isso. Elas estão enganadas, pois o álcool apenas libera a raiva que existe no agressor, com isso, esse tipo de bebida é apenas um facilitador, mas não a causa.
A mulher, assim como todo ser humano, precisa ser respeitada, e para isso, a paciência e a compreensão são fundamentais. A harmonia de um casal só é possível quando o diálogo e o reconhecimento de erros fazem parte de seu cotidiano.