Deus viajou no metrô?

Conhece o Felipe Gramari? Nem eu. Pedi, via rede mundial, que entrasse em contato comigo desde que recebi mensagem dele enviada por alguém, mas nem me lembro de quem. Bela história o Felipe viveu, a melhor do ano até aqui. Emocione-se e recupere a fé na vida: “Estava hoje no metrô? indo trabalhar, quando surgiu um lugar para me sentar, ao lado de um garoto de seis anos. No banco ao lado, outro garoto, de uns 8 anos (muito especial, com Síndrome de Down), e a mãe deles, mesmo banco, ao lado do garoto especial. Segundos após eu me sentar, o garoto especial saiu do lugar dele, forçou um pouco para se sentar entre mim e o irmão, que estava ao meu lado, ficando nós três no mesmo banco. A mãe ficou meio constrangida, mas eu disse que para não se preocupar. Os garotos conversavam e eu, com o celular na mão, ouvia música, quando percebi que o menino especial tentava ver o que acontecia na tela do celular. Desliguei e comecei a mostrar para ele fotos de palhaço (do Projeto Sorrir) que eu tenho no telefone. Perguntei se ele gostava de palhaços. Ele sorriu, e perguntou, enquanto eu mudava as fotos: - Isso é palhaço? Isso é palhaço? Interessado, começou a mexer no aparelho para passar as fotos. Mais uma vez a mãe, sem jeito, me pediu desculpas; tentou impedir o filho, mas eu disse novamente para ela não se preocupar... Ele encostou a cabeça no meu ombro e me deu um beijo. Em seguida, chegou a estação deles. Ao descerem, a mãe pediu para ele dar tchau para o ‘amiguinho’, referindo-se a mim. Levantei a mão para cumprimentá-lo, ele me cumprimentou e, em seguida, me deu um abraço caloroso e um beijo no rosto. Eu, imediatamente, retribui o abraço e o beijo, quando em seguida ele segurou minha mão novamente e a beijou várias vezes... Fiquei sem reação... Ele soltou minha mão e antes de descer, ele me disse: - Tchau... Eu te AMO! Mais uma vez fiquei sem reação... Sorri meio sem graça... Pensei em retribuir as palavras, mas apenas dei tchau mais uma vez e eles saíram. Depois, bateu aquela emoção... Aquele sentimento especial e olhos mareados... Como pode uma criança em menos de cinco minutos ser tão carinhosa com um estranho e no fim falar que o ama? Essa é a verdadeira prova de que estas pessoas especiais são os verdadeiros presentes enviados de Deus... Feitos apenas de amor, que vêm à terra para nos mostrar o verdadeiro sentido da vida! Com certeza ganhei meu dia! Como diz um amigo da faculdade quando aprende algo importante: ‘Valeu a pena ter acordado hoje!’” Dedico esta aventura à jornalista Liana John, porta-voz da natureza, e ao cientista Evaristo Miranda, pessoas especialíssimas porque são pais do Daniel. Pregado no poste: “Estação Esperança”