PIRACICABA

Destino de pata selvagem e dos ovos passa a ser incerto

Possibilidade do animal viver em fazenda da região está praticamente descartada

José Ricardo Ferreira
ricardo.ferreira@gazetadepiracicaba.com.br
11/02/2013 às 21:59.
Atualizado em 26/04/2022 às 04:56

Pata selvagem se prepara para voo diurno: em breve ela será mamãe (Antonio Trivelin )

O destino da futura mamãe pata e seus dez ovos, que devem chocar nos próximos dias, está incerto. A pata selvagem cuida de seus ovos na sacada do sétimo andar de um prédio na rua Governador Pedro de Toledo há pelo menos um mês, quando montou um ninho neste local tão inusitado.

Na segunda-feira (11), o dono do apartamento onde a pata selvagem está vivendo na sacada, o aposentado Vilson Ferreira, 80, disse à Gazeta de Piracicaba que conversou no domingo (10) com um funcionário da fazenda onde a pata e os ovos seriam encaminhados e a resposta gerou apreensão.

“Ele (um funcionário) disse que uma outra pata que estava chocando quatro ovos desapareceu. Sendo assim, não tem mais patas para chocar na fazenda”, contou.

A fazenda pertence ao famoso ornitólogo brasileiro Johan Dalgas Frisch, morador em São Paulo e que havia prometido adotar a pata. Vilson não o localizou neste final de semana. A fazenda está localizada na região. A Gazeta tentou falar com ele, mas ontem não houve expediente em seu escritório, na capital.

“Um morador aqui no edifício trabalha na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz-USP de Piracicaba) e me prometeu alguma solução caso o Johan tenha desistido da pata”, disse Vilson.

A preocupação do aposentado é nobre. Assim que nascerem, os patinhos vão procurar água para nadar. Como estão na sacada, teme-se que caiam na rua e morram. A possibilidade de colocar uma bacia está descartada, já que mesmo sendo grande não seria o suficiente para manter mãe e patinhos em segurança.

“Precisamos resolver isso. Eu e minha esposa, e nossos filhos que nos visitam, estamos felizes com a pata e a possibildade de os ovos ‘picarem’, mas não dá para viverem aqui.

Espero até que o Zoológico Municipal também nos ajude, caso necessário”, declarou. A Gazeta procurou por telefone a veterinária Marianna Curi, do Zoo, ontem, mas não a localizou. 

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