MAGISTÉRIO

Desafios e criatividade na sala de aula

Fórum debate novas metodologias a partir de ações apresentadas por professores no Experiência 10

Agência Anhanguera de Notícias
17/10/2013 às 09:42.
Atualizado em 25/04/2022 às 00:14
O professor Heldis Silveira Santos fala sobre o projeto Ecodesfile, ontem, durante o fórum na Unicamp ( Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

O professor Heldis Silveira Santos fala sobre o projeto Ecodesfile, ontem, durante o fórum na Unicamp ( Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

O Prêmio Experiência 10, organizado pelo Correio Escola Multimídia, do Grupo RAC, foi o foco das apresentações no Fórum Permanente de Desafios do Magistério, realizado na quarta-feira (16) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O tema do evento foi Metodologias de Ensino e Criatividade e as iniciativas apresentadas foram exclusivamente retiradas do concurso organizado há três anos com o objetivo de estimular e homenagear educadores com práticas pedagógicas diferenciadas, interdisciplinares e que, em paralelo com o conteúdo programático, trabalhem também temáticas contemporâneas, apelos comunitários e propostas de transformação social.Para fundamentar e apresentar as propostas a partir do conceito de criatividade, a psicóloga Cristina Bachert, doutoranda na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), realizou a conferência de abertura. “A criatividade não é exclusiva de poucos escolhidos ou dos gênios, como prega o senso comum. É uma prática, uma habilidade a ser conquistada por todos nós, a partir do esforço. Muitas vezes, inclusive, ela surge diante da necessidade de resolver um problema”, disse.A maioria das experiências apresentadas no fórum surgiu a partir de desafios aos professores. A mesa-redonda Criatividade, Tecnologia e Ensino abordou como as novas ferramentas adotadas pelas escolas, e habituais entre os estudantes, exigem nova postura dos educadores. Dessa discussão, participaram os professores Eliane Lucy Marcelino e Paulo Campos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Ângela Cury Zakia, e Fabianna Miranda, da Escola Comunitária de Campinas. Os dois primeiros apresentaram o projeto Aluno Monitor, pelo qual estudantes mais velhos auxiliam os mais novos na inclusão digital, preparando-os para o uso mais consciente e crítico da internet. Fabianna apresentou o projeto de leitura crítica do cinema e produção de vídeo, que culminou num festival de curtas-metragens produzidos pelos alunos do Ensino Médio.A segunda mesa-redonda do dia teve como tema Interdisciplinaridade, Motivação e Criatividade, com a apresentação dos professores Heldis Silveira Santos, do Liceu Nossa Senhora Auxiliadora, e Thiago Vieira Magalhães, da Escola do Sítio. Santos apresentou o projeto Ecodesfile, que envolve o consumo sustentável, a utilização consciente de corantes e artefatos para a produção de peças de roupas, além da produção de um desfile contando como o cinema, nos últimos 50 anos, impulsionou a produção têxtil mundial. Magalhães contou como estimulou os alunos a gostarem de história antiga a partir da simulação de uma escavação arqueológica, que envolveu também as aulas de artes, ciências e inglês.Solange Sousa Campos e Edna Maria de Almeida, respectivamente, das escolas estaduais Benedito Sampaio e Alberto Medaljon, foram as participantes da mesa Linguagens, Leitura e Criatividade. Solange mostrou como vence a falta de biblioteca na escola e o desinteresse pela leitura a partir de atividades lúdicas e do estímulo para que os alunos produzam poesias, inspirados nos grandes nomes da literatura brasileira. Edna conseguiu aumentar o envolvimento dos alunos nas aulas de português quando decidiu trabalhar com temáticas como cordéis, repentes e folias de reis, que fazem parte da tradição das famílias migrantes nordestinas, maioria entre os seus alunos.O fórum contou também com a participação dos professores Ângela Junquer e Elizena Cortez, da equipe pedagógica do Correio Escola Multimídia, como mediadoras das mesas-redondas, além da professora Ana Elvira Wuo, do Centro Universitário Salesiano (Unisal), que fez uma demonstração do trabalho de clown desenvolvido em escolas, além de lançar o livro Disfunções Líricas na Escola (Editora Papel Social).“Para nós, o fórum é um momento de compartilhar experiências e mostrar como o professor pode ser o protagonista da transformação nas salas de aula. Queremos que, com essas experiências, outras práticas possam surgir, por isso, decidimos trazer professores de universidades diferentes, de escolas públicas e particulares. É no debate que surgem as ideias”, afirmou o organizador do fórum desta quarta-feira, Fabiano Ormaneze, coordenador de jornalismo do Correio Escola Multimídia e professor da PUC-Campinas.

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