Coluna publicada na edição de 27/4/18 do Correio Popular
Desde que voltou de Goiânia o Guarani só pensa no Dérbi. A comissão técnica terá nove dias de treinos e descanso até a partida contra a rival Ponte Preta, que será realizada no Brinco de Ouro. No Majestoso, Doriva terá duas partidas antes do clássico. Amanhã, recebe o Londrina, pela Série B. Na quarta-feira, ele comanda o time diante do Flamengo, no Majestoso, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Um duelo importante e desgastante, em virtude da qualidade do adversário. O que é melhor antes de um Dérbi tão esperado: treinar e descansar ou competir e manter os atletas com ritmo de jogo? Fiz essa pergunta a dois profissionais do futebol que conhecem muito bem o futebol de Campinas. O primeiro acha que ter dois jogos nesse intervalo que antecede o clássico é muita coisa. Ele considera importante ter um prazo para uma melhor recuperação e também treinar jogadas. Treinos secretos, destaca, costumam tomar muito tempo. Ele acha que nove dias sem jogo também pode ser muita coisa para os atletas, mas, no caso específico de um clube que ainda está inscrevendo reforços, o tempo pode ser um aliado. Para o caso da Macaca, ele considera que jogar duas partidas é muito cansativo. “Ter um tempo de cinco ou seis dias é importantíssimo para recuperar os atletas. É bom ter um ou dois dias para treinar de forma mais intensa”. O outro profissional consultado pela coluna não vê vantagem no período de folga do Guarani. “Se eu pudesse escolher, nove dias sem jogos não seria uma opção. Esse tempo todo sem competir é arriscado”, analisou. No caso da Ponte Preta, ele acha que o ideal seria disputar uma das duas partidas com o time titular e na outra dar um descanso apenas aos jogadores que precisarem. “Hoje em dia o clube tem informações para saber quem suportará a sequência de partidas, quem precisa e quem não precisa dos jogos para manter o ritmo”, disse. Ele explica que não é a semana com dois jogos em si que desgasta e sim o que vem do passado. “Eu manteria um jogo com a equipe principal e na outra analisaria individualmente a situação de cada atleta”, opina. O profissional cita inclusive um raro momento de instabilidade do Corinthians no Brasileirão do ano passado. Depois de terminar o 1º turno invicto, o time de Fábio Carille ficou duas semanas sem jogar em virtude do adiamento de uma partida. Quando voltou a campo, sofreu a primeira e inesperada derrota para o Vitória, em Itaquera.