Por volta das 16h, presos acataram a proposta das autoridades e libertaram os reféns
Detentos em rebelião são vistos em cima do telhado da Penitenciária Nelson Hungria (AE)
Após 31 horas, terminou na tarde desta sexta-feira (22) a rebelião no presídio Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Por volta das 16h, os presos acataram a proposta das autoridades de segurança pública e libertaram os dois reféns, uma professora e um agente penitenciário. Após a liberação, os dois receberam atendimento médico.
As negociações foram retomadas pela manhã. Os cerca de 90 presos denunciaram maus tratos, demora na autorização de visitas e na proibição da entrada de grávidas nos pavilhões, além de exigirem a saída do diretor da unidade prisional, Luiz Carlos Danúbio.
De acordo com a Secretaria de Defesa Social, o final da rebelião foi possível após a garantia da integridade física dos rebelados. A secretaria ainda informou que o diretor da penitenciária não será afastado.
O especialista em Segurança Pública Bráulio Figueiredo disse à Agência Brasil que não acredita na associação entre a rebelião no Complexo Penitenciário Nelson Hungria e a série de ataques praticados desde 30 de janeiro em Santa Catarina, que seriam comandados por detentos em presídios catarinenses.