CASO NARDONI

Depoimentos reforçam suspeitas contra avô de Isabella

Caso da menina que, em 2008, aos 5 anos, morreu após ser jogada do 6º andar do prédio onde viviam seu pai Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, voltará a ser investigado

Agência Estado
13/04/2015 às 08:56.
Atualizado em 27/04/2022 às 12:43
Isabella Nardoni foi asfixiada pela madrasta e depois jogada pela janela do 5º andar pelo pai, Alexandre Nardoni ( Reprodução)

Isabella Nardoni foi asfixiada pela madrasta e depois jogada pela janela do 5º andar pelo pai, Alexandre Nardoni ( Reprodução)

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), voltou a investigar o caso Isabella Nardoni - a menina que, em 2008, aos 5 anos, morreu após ser jogada do 6º andar do prédio onde viviam seu pai Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá.A decisão foi tomada após uma funcionária do sistema penitenciário de São Paulo ter declarado, há quatro meses, que o advogado Antônio Nardoni, avô da menina, pode ter participação no crime. Conforme mostrou ontem o Fantástico, o DHPP recolheu um segundo depoimento semelhante, prestado por uma carcereira do Presídio de Tremembé, onde Anna cumpre pena. Os dois relatos das funcionárias afirmam que Anna Carolina e o marido, Alexandre Nardoni, teriam decidido atirar a menina pela janela após um conselho do pai dele, Antônio Nardoni. O casal teria ido ao supermercado, com Isabella, e na volta para casa, já no carro, a madrasta começou a agredir a menina. De acordo com os depoimentos, quando eles chegaram ao apartamento, na zona norte de São Paulo, pensavam que a menina já estaria morta. Foi quando, segundo as funcionárias, Anna decidiu ligar para o sogro. Ele teria dito para "simular um acidente". "Senão vocês vão ser presos", teria sido a justificativa de Antônio Nardoni. Foto: Reprodução Ana Carolina Oliveira ao lado da filha, Isabella Nardoni Nos últimos quatro meses, o DHPP ouviu oito funcionários da penitenciária - desses, apenas as duas relataram ter conhecimento dessa versão. Uma nova testemunha deve ser ouvida nos próximos dias. O delegado Zacarias Tadros afirmou que Anna Carolina e Antônio Nardoni também devem ser convocados a depor.Quando o caso foi julgado, em 2010, a versão dos promotores relatava que a menina foi asfixiada em 29 de março de 2008 pela madrasta e depois jogada pela janela do 6º andar pelo pai, Alexandre Nardoni.     Anna Carolina foi condenada a 26 anos e Alexandre a 31 anos de prisão. Se for confirmado o envolvimento de Antônio, as penas de ambos podem ser revistas. Por decisão da família Nardoni, o advogado Roberto Podval, que defende o casal preso, não deve manifestar-se sobre as novas denúncias. Em dezembro, Podval desqualificou as afirmações, em uma declaração ao jornal O Estado de S. Paulo. "Estão transformando uma fofoca em caso de polícia", afirmou ele, na ocasião. "É obvio que a Promotoria não pode ficar sem fazer nada depois do que essa funcionária disse, mas eu não vejo futuro para essa investigação." Veja também Ministério Público quer que polícia reabra caso Isabella Testemunha de penitenciária diz que avô da criança orientou madrasta e pai a simular um acidente Testemunha acusa avô de Isabella Nardoni Madrasta pensou que a menina estava morta; avô, que é advogado, teria mandado simular acidente Supremo nega novo júri do caso Isabella Corte negou o pedido para um novo júri dos condenados pela morte da menina Isabella Nardoni Laudo dos EUA coloca em xeque caso Isabella Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta, são acusados de matar a menina de 5

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