ig-tadeu-fernandes (AAN)
Como dizem por aí, o tempo voa, já estamos em 2015 e logo é Páscoa. E, mais uma vez, nas águas de março, volta a epidemia da dengue, que geralmente ocorre no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. E uma pergunta é frequente no dia a dia: qual repelente passo em meu filho? Qual a idade limite? Quantas vezes ao dia passar? Se você quer proteger seus filhos e família contra a dengue, pense coletivo: combata os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. O transmissor, mosquito Aedes aegypti, costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de alguns ataques noturnos. A dengue é transmitida somente pela fêmea do Aedes aegypti. Uma fêmea vive até 45 dias e, nesse período, pode contaminar até 300 pessoas. A autonomia de voo do mosquito chega a 100 metros de distância do local de nascimento, portanto, se você teve um caso de dengue na sua casa, o foco está no seu quarteirão, aí entra a conscientização coletiva no combate aos “ninhos” do mosquito. Dengue é uma doença infecciosa causada pelo arbovírus. Existem quatro tipos diferentes de vírus dengue, e todos causam os mesmos sintomas. A diferença é que cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Quem já teve dengue em outros anos, causada por um tipo do vírus, não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo, mas pode desenvolver a doença pelos outros três tipos. No segundo episódio, os sintomas se manifestam com mais severidade, afinal encontra um organismo já sensibilizado imunologicamente e a resposta será exacerbada. Não se iluda com a proteção de repelentes, eles não protegem igualmente todos usuários, existe uma sensibilidade individual. Repelentes devem ser aplicados somente nas áreas expostas, exceto a face e mãos, nunca sob roupas, e a pele em que foi aplicado o produto deve ser lavada com água e sabão quando findo o tempo de exposição. Crianças não devem dormir com repelentes. Para crianças entre seis meses e dois anos, orienta-se apenas uma aplicação diária; entre dois a 12 anos, até três aplicações diárias. Fica claro que medidas socioambientais coletivas devem ser sempre intensificadas e complementadas por estratégias que visem à não-proliferação e erradicação dos mosquitos. Cuidados egoístas e pessoais são pouco efetivos.