SEM SAÍDA

Delator diz que tem medo de 'terminar como Celso Daniel'

Apesar de temer por sua vida, Barusco disse que não tem como escapar da situação em que se meteu

Agência Estado
10/03/2015 às 18:09.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:26
Denúncia contra Rolls-Royce teria sido feita pelo ex-gerente Pedro Barusco (foto), segundo jornal britânico ( Cedoc/RAC)

Denúncia contra Rolls-Royce teria sido feita pelo ex-gerente Pedro Barusco (foto), segundo jornal britânico ( Cedoc/RAC)

Delator do esquema de corrupção na Petrobras, o ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco admitiu temer por sua vida. Barusco foi questionado pelo deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) se não teria medo de acabar como o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, que foi assassinado em 2002. "Medo eu tenho. Todo mundo tem medo. Foi uma situação em que me coloquei e tenho de enfrentar", respondeu. O ex-gerente executivo disse no início desta tarde em depoimento à CPI da Petrobras que cabia aos operadores negociar o recebimento de propina com as empresas e que as negociações giravam em torno de contratos. Barusco afirmou que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, recebeu dinheiro diretamente das empresas e que ele não conhece outro operador do esquema além do petista. "Não sei quem deu procuração para o Vaccari atuar", declarou o ex-gerente. Segundo ele, os empresários conheciam o petista. No depoimento, Barusco revelou ter tido encontros com Vaccari em hotéis, mas que geralmente o petista se encontrava com mais frequência com o ex-diretor Renato Duque. De acordo com Barusco, os encontros se deram nos hotéis Meliá, Sofitel da rua Sena Madureira, em São Paulo, e no Windsor Copacabana, no Rio de Janeiro. Deputados sugeriram que sejam requisitadas as imagens internas dos hotéis. Barusco diz que tem medo de 'terminar como Celso Daniel'   Tamanho do texto? A A A A  

Delator do esquema de corrupção na Petrobras, o ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco admitiu temer por sua vida. 

Barusco foi questionado pelo deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) se não teria medo de acabar como o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, que foi assassinado em 2002. "Medo eu tenho. Todo mundo tem medo. Foi uma situação em que me coloquei e tenho de enfrentar", respondeu. 

O ex-gerente executivo disse no início desta tarde em depoimento à CPI da Petrobras que cabia aos operadores negociar o recebimento de propina com as empresas e que as negociações giravam em torno de contratos. 

Barusco afirmou que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, recebeu dinheiro diretamente das empresas e que ele não conhece outro operador do esquema além do petista. "Não sei quem deu procuração para o Vaccari atuar", declarou o ex-gerente. Segundo ele, os empresários conheciam o petista. 

No depoimento, Barusco revelou ter tido encontros com Vaccari em hotéis, mas que geralmente o petista se encontrava com mais frequência com o ex-diretor Renato Duque. De acordo com Barusco, os encontros se deram nos hotéis Meliá, Sofitel da rua Sena Madureira, em São Paulo, e no Windsor Copacabana, no Rio de Janeiro. Deputados sugeriram que sejam requisitadas as imagens internas dos hotéis.

fonte: Estadão Conteudo

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