Empresa de fretamento turístico de Goiânia alega calote e larga passageiros em Campinas. Galera que mora em Goiás veio para a região participar de um evento de modelos mirins
Mães e filhas que vieram de Goiania para Campinas e foram abandonadas por motorista (Edu Fortes/AAN)
O motorista de uma empresa de fretamento turístico de Goiânia largou para trás 33 passageiros em Campinas, na madrugada de ontem, depois de alegar calote no pagamento das passagens. O abandono teria sido uma ordem do gerente da empresa. As 33 pessoas moram em Goiânia e vieram para a cidade participar de um evento no Parque D. Pedro Shopping voltado para modelos mirins e adolescentes de 6 a 16 anos, entre os dias 20 e 23. Os passageiros registraram um boletim de ocorrência na Segunda Seccional. Uma das representantes do grupo, a enfermeira Renata Cardoso Vieira, 33 anos, disse que na quinta-feira à noite o motorista, identificado como Márcio Marques, alegou que o grupo devia ainda R$ 3 mil de um total de R$ 9 mil cobrados pela viagem de ida e volta e que, após ser informado que não haveria quitação naquele dia, simplesmente ligou o ônibus e foi embora. “Ele nem avisou que iria sair. Quando ligamos para ele, o ônibus já estava bem longe de Campinas”, contou. MÃES E CRIANÇAS ESTÃO DESESPERADAS Renata disse que as mães e as crianças estão desesperadas e seguem hospedados num hotel no Jardim do Trevo. “Só estamos aqui porque a hospedagem já foi incluída no valor total, de R$ 408 por pessoa”, disse. O problema rolou porque dos 39 passageiros acordados só vieram 32 e a empresa está cobrando as passagens dos faltosos. Contrato foi descumprido Pedro Silva, gerente da Rotattur, disse que a medida drástica foi tomada porque houve um calote e o descumprimento do contrato. Informou que foi concedido um prazo pro pagamento, que não foi cumprido. Diz que pretende discutir o caso na Justiça e que não vai mandar ônibus para buscar os passageiros.