Fábricas e marcas investem pesado para conquistar consumidor nesta época do ano
Eles podem ser pequenos, avantajados, com pouco recheio ou de dupla camada. Ter brinquedos em seu interior ou bombons. Com embalagens simples e também espalhafatosas. Podem exibir até cristais valiosos. Enfim, não faltam opções na compra dos ovos de chocolate, que já se tornaram uma tradição brasileira na Páscoa. E esta ampla diversidade de modelos também significa muitas opções ao bolso do consumidor, que pode gastar de R$ 2,50 até
R$ 299, em média, para presentear alguém – ou se presentear, é claro.
Na Desejo & Sabor, fábrica original de Franca com unidade em Ribeirão Preto, o ovo mais caro sai por R$ 82,80. "É um ovo de um quilo, feito com chocolate belga, realmente importado”, disse Gabriela Naves Pereira, gerente da loja. Por outro lado, o modelo mais barato custa R$ 2,50, ao peso de 30 gramas. “Temos opções de todos os preços e modelos. E como toda Páscoa, muitas novidades de sabores.”
A tradicional marca Kopenhagen, rede de chocolates finos do País, oferece aos seus clientes ovos com as mais diferentes qualidades. O modelo 85 anos, de um quilo, custa R$ 299. Mas por que tanto? Simples, ele vem embalado em um veludo preto, cravejado com cristais Swarovski e recheado de bombons. Outro destaque da marca é o Ovo Amarula (300g e R$ 84,90) acompanha uma garrafa de licor de 50 ml. Há também ovos que vem acompanhados de fones de ouvido, para crianças.
Mas se o cliente quiser optar por preços mais acessíveis e uma variedade maior, pode também caminhar pelos supermercados de Ribeirão, onde as “parreiras de ovos” chamam atenção de quem passa, especialmente das crianças. Neste caso, se o consumidor estiver disposto, pode visitar diferentes lojas e aproveitar a guerra de preços dos estabelecimentos. A rede Extra, por exemplo, espera vendas 30% melhores neste ano.
CRESCIMENTO
As marcas de chocolate aguardam a Páscoa assim como o varejo espera o período de Natal. Por isso, fábricas, lojas e distribuidoras contratam para aumentar a eficiência e, consequentemente, o faturamento. A Cory, que tem fábrica em Ribeirão Preto, gerou 250 novas vagas temporárias, mesmo número de 2012. “Nos últimos anos, cerca de 15% destes colaboradores temporários são efetivados”, disse Juliana Bonfá, gerente de marketing. Ela acredita que a marca, que tem 25 anos de história, deve vender 15% a mais nesta Páscoa, em relação ao ano anterior.
Na Desejo & Sabor, quatro temporários foram contratados para o período de um mês. “Para esta Páscoa, esperamos um movimento 30% melhor. Na comparação com os dias normais, nossas vendas sobem 100%”, afirmou Gabriela Pereira, que se prepara para estender o horário da loja e abrir aos domingos. “Vamos ficar abertos uma hora a mais de segunda a sábado. E no dia da Páscoa, devemos ficar abertos até depois do almoço.”