SAÚDE

Dárcy quer liderar 'frente regional' contra decisão do HC

Prefeita questiona medida do hospital, que vai reduzir o atendimento de casos menos graves na região

Gazeta de Ribeirão
faleconosco@rac.com.br
10/04/2013 às 19:54.
Atualizado em 25/04/2022 às 20:56

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), vai reunir prefeitos de mais 25 cidades da Diretoria Regional de Saúde (DRS) de Ribeirão para criar uma “frente” contra as medidas anunciadas pelo Hospital das Clínicas na última segunda-feira (8).

O hospital anunciou que vai limitar o número de atendimentos de baixa e média complexidade enviados por municípios da DRS para tentar zerar a demanda por outros serviços – principalmente de oftalmologia e ortopedia.

Nesta quarta-feira (10), Dárcy Vera disse que convocou uma reunião para esta sexta (12) com os prefeitos da região para discutir que medidas podem ser tomadas contra a decisão. Ela reclama que o HC recebe verbas do Ministério da Saúde, via governo do Estado, para executar os serviços que agora se nega a realizar.

“Os municípios da região não terão mais para onde levar seus pacientes, e Ribeirão vai sofrer porque teremos que atender essa demanda”, disse. Segundo ela, a decisão do HC foi “unilateral” e nenhum prefeito ou secretário de saúde foi comunicado da decisão. “Não pudemos nem discutir”, afirmou.

DISTRIBUIÇÃO DA VERBA

Para a prefeita, que nesta quarta-feira convocou uma coletiva de imprensa com o secretário de Saúde, Stênio Miranda, para falar sobre o caso, é preciso modificar o modelo de repasse de verbas. Segundo ela, atualmente o Ministério da Saúde faz o repasse para o Estado, que atende a demanda dos municípios por meio de seus equipamentos – como o HC.

Dárcy defende o repasse direto para os municípios, que poderiam contratar os serviços. “O HC é um prestador de serviços, não um gestor. Ele não pode se negar a fazer os atendimentos para os quais recebe. Se a verba vier direto para os municípios, eles podem optar por levar seus pacientes para outros prestadores, como as Santas Casas, a Beneficência Portuguesa ou o Santa Lydia”, explicou.

Ela disse que decidiu tomar a atitude porque a rede pública de saúde Ribeirão já sofre com o aumento da demanda, e a situação pode piorar com a medida do HC. “Também recebi o pedido de prefeitos da região, que estão desesperados, para negociar.”

A prefeita disse que o promotor da Cidadania de Ribeirão Preto, Sebastião Sérgio da Silveira, também foi chamado para a reunião, além de ter enviado um ofício ao Ministério da Saúde pedindo informações sobre o repasse da pasta ao HC, e os tipos de serviço que o hospital é obrigado a prestar.

OUTRO LADO

Na noite desta quarta-feira, nenhum representante da Secretaria de Estado da Saúde ou da DRS foram localizados para comentar o assunto. Na segunda-feira, no anúncio das mudanças no atendimento, o médico José Sebastião dos Santos, que ajudou a elaborar a reestruturação no HC, disse que os atendimentos não vai cair, mas até aumentar para casos graves, que são a prioridade do hospital.

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