Perfuração de novos poços, construção de reservatórios e adutoras vão resolver parte dos problemas, mas será preciso investir mais
O Daerp deve reduzir em cerca de 40% os problemas de abastecimento de água com a perfuração de 11 novos poços, construção de oito reservatórios e implantação de adutoras, com recursos de R$ 40 milhões que serão emprestados pelo governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II). Mas a autarquia continuará a demandar investimentos seja com recursos próprios ou repasses da Prefeitura.A informação é do superintendente interino do Daerp, que também é secretário da Administração, Marco Antônio dos Santos. Ele prestou depoimento como convidado na manhã desta segunda-feira (7) na Comissão Especial de Estudos (CEE) criada para analisar os problemas de abastecimento na cidade. E informou aos vereadores que neste momento está sendo feito um grande diagnóstico dos problemas, para chegar às soluções. “Há um olhar para tudo. Um planejamento para tudo, mas é um trabalho grande a ser feito. É preciso planejar as ações para dez ou vinte anos e que as futuras administrações continuem a investir”, disse. Marco Antônio disse, no entanto, que algumas ações estão dando resultados e que o número de vazamentos caiu de 2 mil pontos para cerca de mil e que em três meses deve zerar o “estoque” de desperdício. Ele garantiu aos vereadores que não há qualquer intenção da Administração municipal em privatizar o Daerp e assegurou que a autarquia é plenamente viável, mas que depende de investimentos que serão feitos. “Estamos preocupados, neste momento, com o diagnóstico dos problemas. E há um grupo trabalhando nisso”, afirmou, sem prever quando o estudo ficará pronto. Sobre outras medidas, ele disse que o Daerp trabalha na regionalização de unidades e que ainda neste ano deve inaugurar uma regional. Não afirmou qual será, mas deu a entender que poderá ser na região da Vila Virgínia. As unidades devem ser construídas em áreas que foram vendidas pela Prefeitura ao Daerp cuja transação é questionada na justiça, com liminar determinando a devolução das áreas, mas sem julgamento do mérito. Falhas como a falta de estoque de bombas, ele garantiu que estão sendo resolvidas. O diretor técnico Ivo Colichio, que acompanhou o depoimento e também falou à CEE, disse que está sendo feito um inventário das bombas danificadas e das que ainda podem ser recuperadas. Mas que também novas serão compradas. Outorga onerosaMarco Antônio demonstrou preocupação também com o crescimento da cidade e a obrigatoriedade de oferta de água e rede de esgoto. E defendeu mudanças na lei de outorgas onerosas, para que empreendedores possam investir mais em infraestrutura. “Vamos precisar da Câmara para modificar a lei, para que não fique tudo nas costas do setor público”, disse.