A informação de que o Daerp tem mais de R$ 3 milhões a receber de um condomínio, publicada neste domingo (17) pela Gazeta de Ribeirão, é apenas mais uma que aponta os problemas da autarquia, que não tem conseguido manter seus trabalhos em ordem. E nem é apenas nesta gestão. Em outras já ocorreram vários problemas. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) é uma das testemunhas. Há sempre problemas com contas. E ex-superintendentes sendo condenados a pagar multas. O problema principal, no entanto, em um departamento superavitário da Prefeitura, é o abastecimento ineficiente, o descontentamento dos funcionários e as centenas de vazamentos de água e esgoto pela cidade. Servidores reclamam de falta de estrutura, de frota sucateada e ferramentas insuficientes. Quem tem questões dessa ordem a resolver não pode se dar ao luxo de suportar créditos dessa monta sem tomar providências. Podem até argumentar que a dívida do condomínio vem de outras administrações. E daí? Quem assume a direção tem que cuidar do bom andamento da gestão. A continuar desta forma, vão permanecer as desconfianças de sabotagens ocorridas durante a campanha eleitoral do ano passado. Mas por atos praticados dentro do órgão, por pessoas que deveriam cuidar do bom andamento da gestão. Uma lástima.
PARA ESQUECER
A semana passada foi, certamente, uma das mais agitadas (no mau sentido) da Administração Municipal. A maior parte da semana ficou sem prefeita em função da sentença que determinou a cassação de seu mandato e do vice. Pior. Os problemas apenas começaram. O efeito suspensivo para recurso no mandato é apenas isso. A cassação se mantém até que se tenha sentença em sentido diferente. E a tendência é que o governo caminhe mais lento enquanto isso. Cabe ao contribuinte torcer para que tudo acabe rápido. Independente do resultado,
TODOS CALADOS
Foi estranho, para dizer o mínimo, acompanhar o comportamento dos vereadores de Ribeirão Preto diante do fato da cassação dos mandatos. A maioria agiu como se nada estivesse acontecendo. Apenas dois vereadores se manifestaram, mas de maneira tímida. Sem defender ou criticar os fatos que se apresentaram. Aparentemente para dar a impressão que apenas a Justiça teve olhos para ver e que pode estar errada. Mas nem era mesmo o caso de esperar reação outra de um Legislativo de maioria obediente ao Executivo. Mais. Quase subserviente.
RECADO
O silêncio sepulcral pode resultar em um recado bem dado. De que as negociações entre os dois poderes será, a partir de agora, mais difícil e as exigências para um governo enfraquecido são maiores. Ou pode ser apenas manifestação de apoio incondicional mesmo.
AÇÃO DO IPTU
O promotor da Cidadania, Sebastião Sérgio da Silveira, entrou com agravo de instrumento contra a decisão do juiz Júlio César Spoladore Dominguez, que extinguiu a ação contra o IPTU, movida pelo Ministério Público e representantes da sociedade civil. O magistrado terá que explicitar os motivos de sua sentença. Ou rejeitar o recurso. Daí nova peça será impetrada no Tribunal de Justiça de São Paulo.
PROJETO
A Câmara Municipal vota nesta terça-feira (19) o projeto que revoga os aumentos do IPTU provocados pela atualização da Planta Genérica de Valores (PGV), de autoria do vereador Ricardo Silva (PDT) e assinado por mais oito colegas. A sessão deverá ter a presença de manifestantes que vem se organizando por meio das redes sociais. Com as galerias cheias pode ser que o projeto seja aprovado. De qualquer forma, a revogação não valerá para este ano, apenas para o próximo.