TRANSFORMAÇÃO

Da chuva à praia. E fora do lixo

Corretora de imóveis vai a entidades ensinar como transformar sombrinhas

Projeto Ambiental
faleconosco@rac.com.br
18/10/2013 às 14:58.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:33

Vanessa Tanaka* O xodó por uma sombrinha foi o ponto de partida para um projeto que pode ajudar entidades assistenciais e ao mesmo tempo o meio ambiente. É de Maria Aparecida Saldanha Oliveira Ferreira, corretora de imóveis de 55 anos, moradora do bairro São Bernardo, em Campinas, a ideia de transformar guarda-chuva quebrado em sacola de praia. A primeira peça foi confeccionada há um ano, a partir de uma sombrinha que ela tinha dó de jogar fora. Para não perdê-la, resolveu transformá-la em uma peça divertida, prática e charmosa, com uma vantagem a mais, ser impermeável.  Por não necessitar de tantos recursos para sua produção, pensou em passar suas técnicas para as entidades assistenciais. Dessa forma, elas conseguiriam uma renda extra e o meio ambiente ficaria menos saturado de resíduos sólidos. “Fico à disposição de quem realmente tenha interesse em aprender, basta entrar em contato e marcar uma data. Vou com o maior prazer. Essa satisfação em poder ensinar algo bom é imensa”, diz.  Cidinha Ferreira, como é conhecida, nas horas vagas e com a ajuda da amiga Maria Cleide dos Santos, costura as bolsas, práticas para levar à praia, mas que também podem ser usadas no dia a dia. Para ganharem tempo, enquanto uma separa o tecido da armação, a outra já passa a tesoura, seguida da máquina de costura. Entre uma conversa e outra, finalizam as peças, que são unidas a uma toalha.Esses modelos, 2 em 1, possuem diversidade de cores e aplicações e, mesmo afirmando que não tem vocação para estilista, a dupla mostra criatividade nos modelos. Segundo a corretora de imóveis, o conceito é muito simples e o trabalho pode ser feito por qualquer um. “Por se tratar de uma costura reta, qualquer um pode fazer. Eu consegui!(risos) Basta desprender com cuidado o tecido da armação e cortar no tamanho e no molde que preferir e em seguida finalizar com a costura. Demoro cerca de uma hora para finalizar uma peça”, diz Cidinha, que afirma não ter habilidade na costura como a amiga Maria Cleide. Pequenos detalhes — como babados, fitas e restos de tecidos — também podem ser aplicados para dar um charme a mais e um toque pessoal.  Os amigos e parentes foram os responsáveis por abastecer o “ateliê” com a matéria-prima para a as mais de 50 sacolas que já foram produzidas, todas doadas, e outras 150 que aguardam acabamento. Como retribuição, ganham as sacolas como presente, já que o intuito não é vender, mas reaproveitar e ensinar voluntários, para que, eles sim, possam se beneficiar de alguma forma. O sucesso chegou à Europa, conta Cidinha. “Minha sobrinha levou para uma praia na Espanha e fez muito sucesso, as pessoas não acreditavam que era feita de tecido de guarda-chuva”, conta a corretora, que já recebeu a encomenda da sobrinha de mais peças para levar aos Estados Unidos nos próximos meses.  As partes metálicas que fazem a sustentação e não são aproveitadas, por enquanto, vão para a reciclagem, já que ainda não se sabe o que fazer. Com as mentes borbulhando de ideias, tanto Cidinha quanto Maria Cleide pensam na possibilidade de reaproveitá-las no jardim. Quem sabe a área verde possa ganhar suporte para vasos ou para comidinha de pássaros, e a natureza se livrar de mais um resíduo.

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