SANTOS

Cubatão investiga impactos do incêndio em Comissão

Comissão de vereadores discutie as causas, consequências e possíveis soluções a serem implantadas por conta do incêndio que atingiu o terminal da Ultracargo, em Santos, no dia 2 de abril

Alcione Herzog/ Especial para o Correio
16/04/2015 às 15:21.
Atualizado em 23/04/2022 às 16:26
Vereadores de Cubatão discutem as causas, consequências e possíveis e soluções por conta do incêndio que atingiu o terminal da Ultracargo, na área industrial de Santos (Divulgação)

Vereadores de Cubatão discutem as causas, consequências e possíveis e soluções por conta do incêndio que atingiu o terminal da Ultracargo, na área industrial de Santos (Divulgação)

A Câmara Municipal de Cubatão (SP) abriu uma Comissão Especial de Vereadores para discutir as causas, consequências e possíveis soluções a serem implantadas por conta do incêndio que atingiu o terminal da Ultracargo, na área industrial de Santos, no dia 2 de abril. Na manhã desta quinta-feira (16) a CEV já ouviu representantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e do Instituto Estadual de Pesca. De acordo com o presidente da CEV, vereador Severino Tarcício da Silva (PSB), o Doda, a intenção é mensurar os danos ambientais e sociais do acidente. “De todas as nove cidades da Baixada Santista, Cubatão foi certamente a mais atingida. Os danos para a nossa fauna e flora são irreparáveis. Além disso, mais de 150 pescadores que tiram seu sustento dos rios de Cubatão estão sendo impedidos de realizar suas atividades e não tiveram nenhum tipo de auxílio concreto até agora”.Após todas as autoridades envolvidas serem ouvidas, as informações levantadas serão encaminhadas pela CEV ao Ministério Público, para que o órgão entre com ação civil pública contra os responsáveis pelo incêndio. CestesbA Cetesb multou nesta quarta-feira (15) a Ultracargo em R$ 22,5 milhões pelo incêndio no Terminal da Alemoa. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a empresa provocou danos ambientais e colocou a população em risco com o incêndio em seu terminal, na zona industrial de Santos. Cerca de 10 toneladas de peixes mortos foram retirados de rios e manguezais do entorno do terminal. A penalidade se baseou nos artigos 61 e 62 do decreto federal 6514/08, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).Segundo a Cetesb, a Ultracargo foi punida por lançar efluentes líquidos no estuário de Santos, em manguezais e na lagoa ao lado do terminal, além de emitir efluentes gasosos na atmosfera, colocar em risco a segurança das comunidades próximas, dos funcionários e de outras instalações localizadas na mesma zona industrial. A Cetesb também aponta que o acidente gerou incômodos significativos no bem-estar da população e provocou a mortandade de milhares de peixes, de várias espécies, no estuário e no rio Casqueiro, em Cubatão (SP), prejudicando a pesca na região.Ainda segundo a Companhia, outros agravantes também foram levados em consideração, como a interrupção das atividades de outros terminais da região e do tráfego de caminhões no Porto de Santos, além dos transtornos causados ao tráfego urbano e operações portuárias.O incêndio foi declarado extinto pelo Corpo de Bombeiros apenas na sexta-feira (10). As causas que levaram ao episódio ainda estão sendo apuradas. Veja também Cetesb multa Ultracargo por danos ambientais em R$ 22,5 mi A multa de R$ 22,5 milhões, por danos ambientais, riscos à população e outras consequências Bombeiros permanecem na área de incêndio em Santos Com 15 homens, trabalho de transferência de cerca de três mil litros de álcool anidro de um dos taques incendiados para outro prossegue; processo é necessário após fissura no topo do reservatório Incêndio em Santos aumenta e atinge segundo tanque Segundo tanque voltou a queimar, chamas se espalham pelo chão; bombeiros usam três espumas especiais e um produto importando chamado 'cold fire' no combate às chamas

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