DOR DE CABEÇA

Cruzamento na área vira tormento para o Guarani

Dos nove gols que o Bugre sofreu na Série C do Brasileiro, seis aconteceram a partir de bolas levantadas

Carlos Rodrigues
22/07/2015 às 21:36.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:17
Na última partida, contra o Brasil de Pelotas, o Guarani tomou dois gols de jogadas aéreas: falha corriqueira (Elcio Alves/AAN)

Na última partida, contra o Brasil de Pelotas, o Guarani tomou dois gols de jogadas aéreas: falha corriqueira (Elcio Alves/AAN)

As bolas cruzadas na área têm se transformado no principal tormento do Guarani na Série C do Campeonato Brasileiro. Dos nove gols sofridos pela equipe até o momento, seis deles, ou 67% do total, aconteceram a partir de cruzamentos. O prejuízo que a jogada traz ao Bugre se evidencia nos números. No cenário mais otimista possível, se o time não tivesse sofrido nenhum gol em lances assim, teria atualmente oito pontos a mais do que os oito que tem e saltaria da 7ª posição para a liderança da chave, ao lado do Brasil de Pelotas. Em uma análise detalhada das jogadas que originaram os gols em cruzamentos, é possível perceber que a maioria dos lances aconteceram mais por falhas da defesa, tanto de maneira individual quanto coletiva, do que por méritos dos adversários. Na partida contra o Londrina, pela 2ª rodada, o relógio marcava 43' do 2º tempo quando o time paranaense teve um escanteio a seu favor. O Guarani tinha cinco jogadores na área — além do goleiro — fazendo marcação individual nos rivais. Após a cobrança em direção à marca do pênalti, o volante Johnnattan acompanhou só a bola e Dirceu apareceu em suas costas para cabecear no canto e garantir a vitória paranaense por 2 a 1. No jogo seguinte, diante do Tupi, bobeada coletiva. Depois de um escanteio cortado por Rafael Santos, novo cruzamento e nenhum dos sete bugrinos que estavam na área marcou Fabrício Soares que, aos 41' do 2º tempo, decretou o empate em 1 a 1. Na estreia de Paulo Roberto Santos no comando do time, contra o Juventude, novamente uma bola na área se tornou problema. O experiente Paulo Baier cobrou falta, a bola ganhou bastante altura e o goleiro Rafael Santos, na tentativa de afastar, não a alcançou e Jônatas Obina apareceu na segunda trave para marcar. O jogo também foi 1 a 1. O erro coletivo voltaria a se repetir na derrota para a Portuguesa por 1 a 0, mas de uma forma um pouco diferente. A Lusa trabalhou com a bola no chão e o zagueiro Pitty saiu para fazer a marcação fora da área. Bruno Pacheco não estava na posição que deveria e, na ultrapassagem do lateral-direito, Serginho Catarinense não conseguiu acompanhar o adversário, que cruzou rasteiro e encontrou Hugo, livre, para marcar o gol. Para fechar a conta, uma dose dupla de erros no empate por 2 a 2 contra o Brasil de Pelotas. No primeiro gol, em cruzamento vindo da direita, Thiago Carpini foi superado com facilidade por Leandrão. Depois, já aos 39' do 2º tempo, após escanteio batido, o Bugre tinha sete atletas de linha na área fazendo marcação individual, mas Gladstone não conseguiu combater Leandrão, que cabeceou para fazer o segundo. Diante desse cenário tão preocupante, fica a dúvida. Tantos gols sofridos de forma semelhante significam falta de concentração, falha de posicionamento ou chega a ser deficiência técnica? Para o técnico Paulo Roberto Santos, o problema é perceptível. "Não coloco essas situações como deficiência técnica. Atribuo mais à falta de concentração, relaxamento, atleta tem dessas coisas", diz o treinador bugrino, que vai precisar treinar ainda mais as jogadas aéreas. NOTAS Inscritos O Guarani regularizou, nesta quarta-feira (22), três dos reforços do clube. Os nomes do lateral-direito Eric, do lateral-esquerdo Denis e do atacante João Henrique foram publicados no Boletim Informativo Diário da CBF e eles estão liberados para o jogo de sábado (25), contra o Caxias. Do trio, a expectativa é que Eric e Denis já iniciem a partida entre os titulares.Preparação Depois de realizar apenas trabalhos físicos na reapresentação nesta quarta, os jogadores do Guarani seguem, nesta quinta-feira (23), a preparação para o jogo contra o Caxias. No primeiro treino com bola, há a expectativa pelo início da montagem da equipe que estará em campo no sábado.

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