Guto Silveira (CEDOC)
O vereador Ricardo Silva (PDT) e o pai dele, deputado estadual Rafael Silva (PDT) criticaram duramente a prefeita Dárcy Vera (PSD), na manhã desta terça-feira (10) em um programa de rádio onde o vereador é apresentador e o deputado, comentarista. Ricardo, que se elegeu na coligação da prefeita, diz ser um vereador independente, mas tem praticado muitas ações como opositor, junto com vereadores que se opõem à Administração Municipal. No programa, ele se comprometeu a listar os processos que a prefeita responde por improbidade administrativa, que disse ser vários. Também falou de um empresário do setor de educação que seria “bandido”, sem citar nome e nem dar mais indicações. Já Rafael Silva, também falando da prefeita e do empresário, disse que eles não mordem, “mas enviam cachorros para morder”. E afirmou que estas pessoas não sabem com quem estão mexendo. “Como diz o ditado, dou um boi para não entrar numa briga, mas dou uma boiada para não sair”, apontou. Também falou que estas pessoas estão mexendo com gente séria. “Nós não temos dinheiro, mas temos outra coisa”, salientou. Já na sessão, à noite, Ricardo Silva disse que a crítica foi um desabafo, por não aceitar a forma de governo da prefeita e garantiu que não houve um fato isolado, pontual. “Foi um desabafo, porque não aguento mais essa forma de governar. E a gente precisa desabafar de vez em quando”, assinalou. E deixou claro ao repetir pelo menos quatro vezes que a crítica “não é pessoal, mas administrativa”. SESSÃO RÁPIDAA sessão da Câmara desta terça-feira (10) consumiu apenas cerca de meia hora na votação de projetos. O projeto mais importante da pauta, que regulamenta repasses da Prefeitura foi aprovado e uma emenda supressiva, apresentada pelo vereador Beto Cangussú (PT) foi rejeitada. Por volta das 19h15 teve início o pinga fogo, momento em que os vereadores falam de assuntos variados e criticam ou elogiam opositores e apoiadores. LICENÇAO vereador Beto Cangussú, que está se recuperando de uma lesão no joelho, pediu afastamento de 15 dias para tratamento de saúde. Como o período é curto, ele não será substituído em suas funções. Para períodos que ultrapassem os 15 dias é necessária a convocação do suplente. Fosse este o caso, assumiria o mandato a suplente Silvia Seixas, que teve 995 votos na eleição do ano passado, ficando na 69ª posição entre os votados. COMBUSTÍVEIS E PEDÁGIOSO vereador Evaldo Mendonça (PR) o Giló fez duras críticas aos governos estadual e federal em função dos altos preços de combustíveis e pedágios cobrados nas estradas concedidas. Segundo o vereador, além dos vários impostos pagos para ter um veículo, o contribuinte ainda tem que bancar um combustível caro e pedágios de preços elevados, culpando a União pelo valor da gasolina e o governo estadual pelo custo dos pedágios. BALANÇOOs vereadores Marcos Papa (PV) e Ricardo Silva (PDT) discursaram sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo, quando criticaram as ações da Transerp na fiscalização do cumprimento do contrato de concessão. Para, que é relator da CPI, não se conforma com a falta de análise, pela Transerp, dos dados contábeis do Consórcio PróUrbano, vencedor da licitação para exploração do transporte na cidade. AVANÇOJá Ricardo silva fez um balanço positivo das investigações e disse que a CPI está avançando bem. Também elogiou o bom comportamento dos vereadores que integram a Comissão, “tanto os da base quanto os da oposição”, assegurando que há uma união de todos para que o interesse público prevaleça. Criticou, claro, a falta de ação quando um ônibus do transporte urbano, todos monitorados por GPS, saiu da rota por cerca de 20 quilômetros, em função da ação de um ladrão, sem que nenhuma providência fosse tomada. CONTAS EM JULGAMENTOO Pleno Tribunal de Contas do Estado (TCE) julga na sessão desta quarta-feira (11) um recurso da prefeita Dárcy Vera (PSD) contra o parecer emitido pelo Tribunal, que aconselha a desaprovação das contas da Prefeitura no exercício de 2010. O pedido, na verdade é de reexame do parecer que aponta, entre outras falhas, o déficit orçamentário da Administração Municipal naquele ano, superior a 8% da receita arrecadada.