Aumento foi registrado em todos os principais tipos de ocorrências, como latrocínio e homicídio
Caminhonete do empresário Romário de Freitas, de Bebedouro, que veio para a cidade alugar um imóvel para o neto e foi assassinado (Alessandro Rosman/Especial para AAN)
Os registros de crimes em Campinas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano registraram um salto em relação ao mesmo período dos anos anteriores (2011 e 2012), segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
Houve um avanço nos principais tipos de ocorrência, como latrocínio (roubo seguido de morte), homicídios, tráfico de drogas, furtos e roubos de veículos e roubo de carga.
Segundo especialistas consultados pela reportagem, é preciso que medidas emergenciais sejam tomadas para impedir uma escalada ainda maior da criminalidade no decorrer dos próximos meses.
Apesar do aumento, o Estado alega que houve uma redução dos crimes se a comparação for feita apenas entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, indicando um resultado já obtido nas ações de repressão.
Os casos de latrocínio, homicídios e furtos são os mais alarmantes já que estão em uma crescente desde 2011. O primeiro bimestre daquele ano registrou apenas um caso de roubo seguido de morte. Já em 2012, foram dois.
Porém, este ano a Polícia Civil registrou quatro casos — três ocorreram em menos de 20 dias, no mês de fevereiro e todos foram em plena luz do dia. Em apenas um dos casos os bandidos foram presos.
“Os latrocínios são os roubos que terminaram da pior forma possível. Na maioria das vezes, ocorrem durante o roubo de veículos. Se começa a acontecer várias vezes é porque existe alguma falha.
A polícia tem o mapa das ocorrências e a partir dele monta ações. É preciso analisar o que está ocorrendo de errado. E fica mais preocupante se está aumentando de um ano para o outro”, afirmou o coronel Rui César Mello, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Estado.
Ele afirmou que é preciso traçar ações imediatas. “Se já não foram feitas é necessário olhar novamente e agir.
Não pode descuidar do patrulhamento, em todas as áreas. Às vezes pensa que diminuiu em um lado e acaba retirando o patrulhamento dele, mas aí é que acontece o erro, pois a criminalidade retorna. É preciso estar atento a tudo e fazer o patrulhamento de forma espalhada e inteligente.”
Em relação aos furtos, em 2011 houve 2.854 ocorrências no primeiro bimestre e, no ano seguinte, 2.863. Já este ano subiu para 3.289. (Colaborou Felipe Tonon/AAN)