Criação de vagas sofreu redução em 12 meses

O mercado de trabalho reagiu bem em agosto deste ano, com relação a julho e a agosto do ano passado. O número de empregos formais em agosto teve um aumento de 1.574 vagas, contra 552 em agosto do ano passado e 303 em julho deste ano. A análise é do boletim Mercado de Trabalho, elaborado pela Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), organizado por professores da FEA/USP.Com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o levantamento considera as contratações e demissões no Brasil, no estado de São Paulo e em algumas regiões administrativas. O boletim conclui que as regiões analisadas apresentaram crescimento na criação de vagas em relação ao mês de julho deste ano e em relação a agosto de 2012. Houve, porém, reduções significativas no acumulado do ano e nos últimos 12 meses, em comparação com os períodos anteriores. Os municípios que vêm apresentando o melhor desempenho são Ribeirão Preto e Campinas enquanto Franca tem um resultado ainda de fechamento de vagas em um ano. Em São José do Rio Preto, notou-se uma queda da ordem de 25,0% no ritmo de contratações nos últimos 12 meses em relação ao acumulado anterior. Em Campinas essa queda foi de 39,3% enquanto que em Ribeirão Preto a redução foi de 32,5%. Nos últimos 12 meses, setembro de 2012 a agosto de 2013, Ribeirão Preto criou 5.767 novas vagas de trabalho, contra 8.554 no período anterior. Considerando apenas o mês de agosto, a indústria foi a que mais perdeu, com saldo negativo de 83 vagas no ano passado e 23 vagas a menos neste ano. A construção civil perdeu 51 vagas em agosto do ano passado, mas criou 73 neste ano. Foi, no entanto, o único setor a apresentar saldo negativo em 12 meses, com menos 67 vagas. De forma geral, o boletim mostra que a dinâmica do mercado de trabalho se apresentou de maneira uniforme entre as regiões analisadas, refletindo a menor perspectiva de crescimento do emprego em função das baixas taxas de desemprego e das próprias incertezas da economia. Os dados também indicam caso haja recuperação da economia ela ocorrerá sem grandes ampliações do emprego tendo em vista a situação atual de baixo desemprego.