EDITORIAL

Crescimento depende de planejamento

31/07/2013 às 05:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 07:07

O desenvolvimento dos municípios deve seguir um rigoroso plano determinado pelo poder público, de forma que dê ordenação ao crescimento, projete vias de acesso adequadas, garanta a vocação primordial de cada região, defenda a qualidade de vida de seus habitantes, ofereça oportunidades de empreendimentos, tudo voltado para um processo harmônico de interesses que some as qualidades de cada localidade.Sob muitos aspectos, o crescimento das cidades nem sempre obedece diretrizes técnicas e previsíveis, mas determinantes econômicas, sociais e ambientais, que fazem com que determinadas regiões sejam valorizadas, transformadas, ocupadas de forma desordenada e comprometedora. Quanto menos eficazes as administrações e governos, maiores são os problemas decorrentes da expansão urbana desmedida, criando obstáculos que provocam os conflitos de interesses, os gargalos de trânsito, a desfiguração de bairros e empecilhos à expansão empresarial.A Região Sudeste de Campinas experimentou uma profunda modificação nas últimas décadas, sem que houvesse a infraestrutura indispensável para suportar o adensamento territorial. As principais avenidas, rasgadas para dar vazão ao trânsito, estão lotadas e cheias de gargalos. Uma alternativa chegou a ser projetada e iniciada, mas transformou-se em uma avenida que se interrompe diante de um galpão, denunciando falta de planejamento e descuido com o dinheiro público (Correio Popular, 29/7, A4).A intenção de destravar o projeto que ampliar o parque linear do Capivari, criando um novo eixo de crescimento e descentralização, é uma auspiciosa iniciativa. Lançada há 16 anos, a proposta tende a ser retomada pela atual Administração, que quer resolver um entrave burocrático que inibiu a participação da iniciativa privada no projeto. A ideia principal é unir esforços e investimentos públicos e privados para estender o parque e atrair empreendimentos que deem à região sua autonomia econômica, abrigando uma complexa rede de serviços, lazer, comércio e empresas que gerem empregos, fixando os moradores em sua região e sedimentando sua rotina.Essa responsabilidade cabe diretamente ao poder público, capaz de determinar a vocação de cada região da cidade, fomentando os polos de desenvolvimento, direcionando a expansão urbana, atendendo aos munícipes em suas necessidades e anseios. Este é o caminho para se construir o município que se pretende e para recompor os prejuízos causados pela inépcia do passado.

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