Cratera no Cambuí tem novas obras a partir de hoje

A cratera da Rua Gustavo Armbrust, no Cambuí, em Campinas, passará por novas obras a partir de hoje, na segunda fase da revitalização da área. Primeiro, a GNO Empreendimentos e Construções, responsável pelo terreno, fará a suavização do talude. Serão construídos vários patamares no barranco para evitar novos deslizamentos. Na próxima etapa, a empresa fará a limpeza do local, antes de começar o asfaltamento da rua e a recuperação da praça.A autorização foi emitida na semana passada pela Prefeitura, que acompanha o processo na Secretaria de Infraestrutura. A direção da GNO acredita que a etapa será concluída em quatro semanas.O buraco foi aberto em junho, quando um muro de arrimo desabou e engoliu parte da rua e de uma praça, durante os trabalhos de fundação da construção de um prédio comercial. A construtora concluiu as contenções nas paredes, com colocação de rochas para reforçar a segurança e evitar novos incidentes em decorrência de chuvas, no início do mês.Na semana passada, foi desinterditado também um dos imóveis atingidos pelo desmoronamento. Equipamentos eletrônicos monitoram possíveis movimentações de terra, mas apesar das chuvas dos últimos dias, a GNO informou que o solo está estabilizado.“Depois dessas etapas, vamos começar a reconstruir o muro, junto com as lajes do prédio e o aterramento do buraco. Os custos estão sendo cobertos pela seguradora”, explicou o diretor da empresa, Rogério Nassralla. Serão usados 1,2 mil metros cúbicos de terra para aterrar a cratera. Segundo o executivo, a área deve estar completamente recuperada em janeiro. “Vamos também refazer toda a praça, com vegetação e equipamentos públicos. Só então continuamos a construção do prédio. Ele deve estar pronto em janeiro de 2015”, disse Nassralla. AcidenteA cratera de 50 metros de extensão e 15 de profundidade se abriu no dia 6 de junho, depois do muro de contenção de uma obra da GNO ceder. Além de um trecho da rua, árvores, postes, calçadas e parte da Praça Salim Jorge foram engolidos pelo buraco.Não houve vítimas e o acidente não foi mais grave porque uma hora antes agentes da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) perceberam a rachadura no solo e providenciaram a retirada dos funcionários do canteiro e de empresas do entorno. No local, está sendo construído um edifício comercial de 11 andares. Três edificações vizinhas foram interditadas por apresentar rachaduras nas paredes e no piso.