Mães do crack
Nelson Hossri Neto
Coord. de prev. às drogas, Campinas
A situação das “mães do crack”, ou seja, gestantes que fazem uso da droga, vem aumentando e se tornando mais um caso para criarmos uma ação constante, talvez a internação compulsória ou involuntária, pois existe o risco iminente dessas crianças nascerem dependentes químicas e passarem pelos agudos sintomas da abstinência. Para isso, é necessária a participação do Judiciário, em conjunto com os demais órgãos do Poder Público e entidades terapêuticas existentes, única forma para adiantar as burocracias necessárias impostas para a realização de uma internação, bem como as vagas sociais que não atendem à demanda.
Caso Sanasa 1
José Alfredo M. Oliveira
Empresário, Campinas
Todos os acusados são inocentes, não sabem de nada, e não levaram nenhum dinheiro. Eu gostaria de saber com que dinheiro eles pagam os melhores advogados criminalistas. Não seria com o pequeno salário de prefeito, diretor ou secretário, pois sabemos que cobram muito alto para as defesas. Quando um acusado de crime fica em silêncio perante um juiz, mostra que é culpado, caso contrário, responderia e tentaria esclarecer o fato. Este é nosso Brasil.
Caso Sanasa 2
Antonio José Reis
Aposentado, Campinas
É sabido que o rombo apurado no esquema de fraude em licitação e corrupção no Caso Sanasa é vultoso! Acontece que, ora por decisão judicial, foram bloqueados apenas R$ 210 milhões em bens. Entretanto, deve haver outra significativa parte desse alcance, sorrateiramente, desviado entre laranjas, apaniguados ou parentes do bando. Diante dessa decisão outorgada, com certeza o “Ali Babá e sua odalisca”, outrora abandonados à própria sorte, satisfeitos, voltaram a sorrir. É uma pena, pois a ex-primeira-dama já não carrega mais seu terço, desprezando-o, enquanto que o “Ali Babá” ainda se encontra filiado ao partido “nanico” PSD.
Atendimento
Dirce Jorge Toth
Servidora aposentada, Campinas
O principal personagem em qualquer lugar, seja numa repartição pública, na saúde, no INSS, e até na Prefeitura, é o informante. Se a informação é bem correta, o cidadão fica bem satisfeito. Caso contrário, quando ele é mal informado, o desgaste toma conta dele e quem vai levar toda a bronca é o último atendente, que não tem culpa, mas que é vítima do mau atendimento.(...) Até na rua, quando me pedem informações, eu só as dou se tenho certeza do que estou orientando. (...)
Aprendizes
José Reginaldo Luciano
Faturista, Campinas
Está cada vez mais difícil fazer compras nos hipermercados e supermecados, pois não há um respeito às leis. Existe uma lei que obriga esses estabelecimentos a contratarem menores aprendizes para ser empacotadores, o que ajudaria e muito esses menores a ter uma oportunidade, além de ajudar pessoas idosas que muitas vezes não conseguem sequer abrir as benditas sacolinhas, cada vez mais frágeis e difíceis de abrir. Fora isso, ainda tem um total desrespeito quanto aos preços dos produtos. Não há nenhuma preocupação em colocar de forma clara os preços nas gôndolas e muito menos nos produtos. Muitas vezes, as pessoas não conseguem usar as maquininhas de verificar preços, isso induz a possíveis “erros” nos preços e a lei exige que seja exposto o valor de forma clara. A pergunta é: se temos quem cria as leis por que não tem quem as fiscalize?
Segurança
Ana Valeria Barcellos Vieira
Empresária, Campinas
É evidente que não dá para a Polícia Militar estacionar uma viatura ao lado de cada caixa eletrônico existente na Região Metropolitana de Campinas. Porém, a gente também não pode ficar à mercê dos bandidos que descobriram nessa modalidade de roubo um verdadeiro filão. A Secretaria de Segurança Pública até que ensaiou uma alternativa que seria manchar com tinta vermelha as notas cujos caixas eletrônicos fossem danificados. Outra coisa que também não dá pra entender, por exemplo, é por que é necessário esperar que o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) tenha de vir de São Paulo para desativar bombas deixadas pra trás pelos bandidos. De tudo isso a gente pode concluir uma coisa: os bandidos estão anos-luz à frente das forças de segurança.
CCC
Vinicius d’Ottaviano
Psicólogo e advogado, Campinas
Não sei mais se me causou novamente espanto ou apenas desamparo e quem sabe desesperança, pelo fato de mais uma vez ocorrer a depredação de pontos e monumentos históricos/artísticos desta cidade. Agora, é mais uma vez o tema do Centro de Convivência Cultural de Campinas (CCC). Além da falta de estrutura do teatro e em geral, a não preocupação com as produções artísticas geradas na cidade. Peço a todas as outras áreas artísticas (artes plásticas, dança e a música lírica) uma ação efetiva de preservação desse teatro (já falaram até em demolição), visto que se depender dos poderes públicos e privados, talvez um dia ele deixe de existir como aconteceu com nosso Teatro Municipal.
Doação
Walter Aprile
Aposentado, Campinas
A Igreja do Divino Salvador, na Avenida Júlio de Mesquita, no Cambuí, foi enriquecida com uma linda imagem de Nossa Senhora das Dores doada por uma paroquiana. (...) Nós, os paroquianos do Divino Salvador ficamos radiantes diante de tão linda oferta. A mesma foi colocada à direita de quem entra no templo, num lugar aconchegante. (...) Em nome de todos os paroquianos, os nossos agradecimentos, que Deus a abençoe e lhe dê muita saúde!
Megacachecol
Amaury Frattini
Aposentado, Campinas
Tenho escrito que é urgente a atenção dos governos para nossa indústria. Agora o brado vem da encantadora cidade de Jacutinga, que para chamar a atenção dos governantes, tece o maior cachecol do mundo! Enquanto a indústria chinesa, apoiada por seu governo invade nosso mercado, nossos teares trabalham onerados pelos impostos para depois enfrentar o invasor! Há tempos denunciávamos a dificuldade da indústria paulista de eletrônicos para essa luta desigual. O progresso depende do apoio governamental à nossa indústria, depende da Petrobras, agora tardiamente em boas mãos, depende da modernidade de nossos meios de transportes e exportação. Como diz Jabor: “Há alguma coisa ‘não acontecendo’ no Brasil que me dá arrepios.”
Buracos
Mario Kubota
Engenheiro aposentado, Campinas
Em quase 100 dias do governo Jonas, muitos buracos estão nas ruas principais de Campinas. Muitos são originados de trabalhos malfeitos de obras da Sanasa. Há menos de 1 ano, uma das valetas abertas pela Sanasa provocou a perda de um pneu do carro. Tudo foi feito para o ressarcimento antes de abrir um processo judicial, mas não houve acordo. Recentemente, um outro carro teve o pneu danificado por um buraco numa avenida importante da cidade. Aí fica a pergunta: dizem que nós cidadãos temos o direito de ser ressarcidos pelo Poder Público municipal, mas como proceder? (…)