Ação social
Maria Augusta A. Langbeck
Aposentada, Campinas
Enquanto o Estado não absorve suas responsabilidades, a Igreja Católica, além de sua missão evangelizadora, sempre se preocupou com a sua dimensão social, traduzida como caridade. É o caso da Paróquia São Pedro Apóstolo, que mantém inúmeros serviços, com destaque para sua creche Semente e Vida, que abriga mais de 100 crianças. Durante todo ano realiza eventos que se tornam grandes aliados e representam alívio financeiro para suas ações humanitárias. Um desses acontecimentos é a sua tradicional festa junina que acontecerá nos finais de semana deste mês. (...)
Cotas
Maria Benedita das Dores
Aposentada,Valinhos
Carta publicada na coluna em 24/5, no Correio Popular, expressou divinamente o que venho tentando gritar aos quatro ventos: nós, negros, não precisamos de cotas raciais para alcançar nossos objetivos. Não somos menos inteligentes que outra cor de pele. Sou totalmente contra cotas, de qualquer tipo de favorecimento. O que precisamos no Brasil é de uma educação de qualidade desde a base. Não adianta o “des-governo” brasileiro (que só falta criar o Ministério das Cotas!) tentar encobrir com cotas a vergonha de nosso ensino público, no qual escolas estão sucateadas, com professores mal renumerados, precisando correr em várias escolas para sobreviver; crianças que só vão às escolas para se alimentar e para que suas famílias recebam a famigerada Bolsa Família. (…) E que os negros que defendem cotas pensem um pouco mais: vocês se julguem mais “burros” que os brancos , amarelos ou azuis?
Inflação
Suely Rezende Penha
Professora, Campinas
Estamos vivendo a maior crise econômica desde 1929 e os maiores importadores do Brasil estão ou em recessão ou crescendo menos, caso da União Europeia, dos EUA, da Argentina e da China. Sim, a China, nosso maior comprador, desacelerou de um crescimento de 12% antes da crise para menos de 8%, uma desaceleração de 30%. Na Europa, a crise é tão feia que há países onde o desemprego chega a 25%, como Espanha e Grécia. Nos EUA, o crescimento ainda é muito baixo e o desemprego alto. Na Argentina a inflação passou de 20% e a importação de produtos brasileiros despencou. Aqui dentro, o consumo das famílias chegou ao limite, pelo alto endividamento. (...) E em se tratando de inflação, qual a responsabilidade dos empresários que remarcam preços muitas vezes acima da inflação oficial apenas para ganhar mais? Cabe a nós consumidores não comprarmos determinados produtos e marcas para forçar a queda de preços.
Enem
Alex Tanner
Servidor público, Sumaré
As inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) obtiveram recorde de inscritos: mais de 7 milhões. Isso mostra que as pessoas querem estudar, ter formação superior e melhores oportunidades para o trabalho. Porém, o Enem comete erro em relação às redações. Isso porque são corrigidas por múltiplos professores, e cada um tem uma visão sobre o texto, e a nota da redação poderá acarretar injustiça na somatória de todas as provas. Foi o que aconteceu no ano de 2012, quando muitos foram prejudicados. Entre os tantos absurdos, tiveram notas máximas com muitos erros de português. Enfim, o sistema que comete menos injustiça ainda é o de perguntas com opções de resposta, no qual não há interpretações, é acertar ou errar. E quem acertar mais, no caso, os mais preparados, terão as melhores notas!
Meio ambiente
Marcos Roberto Boni
Servidor público, Campinas
Amanhã é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. De fato não há muito a celebrar. O aquecimento global causado pela poluição atmosférica e pelo desmatamento das florestas, e a poluição dos rios e mares, bem como a pesca predatória são alguns dos vilões que nos impedem de comemorar tal data. O cidadão comum tem muito a fazer para melhorar o meio ambiente: separar o lixo reciclável, evitar o desperdício de água e plantar árvores, estão ao alcance de todos e beneficiam literalmente todo mundo. A proteção da natureza é a garantia da qualidade de vida de um povo. Quanto mais preservado for o meio ambiente, menos doenças atingirão a população, o preço dos alimentos serão mais baixos e a qualidade, melhor. Faça sua parte, preserve o meio ambiente.
Educação zero 1
Luiz Andrade
Aposentado, Campinas
Lendo a matéria publicada no Correio Popular de 30/5, não fiquei surpreso, pois o que vem ocorrendo com a educação de nossa juventude já era esperado, pois essa educação é a que deve ser dada pelos seus respectivos pais, e isso, na maioria dos lares, não vem ocorrendo. Aconselhados por péssimos educadores, não se pode dar um simples tapinha corretivo nesses pequenos, pois são considerados espancadores de crianças e estão cometendo um crime. A consequência disso são os agora sim crimes cometidos por esses verdadeiros criminosos, que foram criados por esses pais. Peço desculpa ao extraordinário pianista André Mehmari pela atitude de alguns estudantes da rede pública, que o hostilizaram em uma apresentação destinada a estes mal educados. (…)
Educação zero 2
Gabriel Araújo dos Santos
Escritor, Campinas
Perplexidade e angústia foi o que experimentei ao ler Nota zero para a educação, Correio de 30/5, matéria de Marita Siqueira. Levei um susto, pois de uns tempos para cá, nos meus bem vividos 81 anos de idade, venho me sentido como em “estado de graça” depois dos meus inúmeros e repetidos encontros com as centenas de alunos da 5série da vizinha cidade de Atibaia, que têm se deslocado até as dependências de uma editora de Americana, em cujo quadro figuro como escritor. Há de ver a atenção daqueles jovens, que com educação e disciplina ficam atentos aos causos que lhes conto, e de lambuja o carinho de seus abraços na despedida. E olhe que pertencem à rede municipal de ensino! Isso dá o que pensar...
Educação zero 3
Jayme de Almeida Rocha Netto
Aposentado, Campinas
O pianista André Mehmarj foi hostilizado e xingado por estudantes durante apresentação no Teatro Castro Mendes (Correio de 30/5). Infelizmente, os jovens não estão preparados para projetos de nível cultural e educacional. O poder público cuida pouco da essência da cultura. Preferem espetáculos de massa, em que é fácil mostrar serviço. Basta pagar para montar palcos e atrações. Abrem os amplificadores de som e parece que quanto maior for o barulho, a gritaria e o histerismo, maior é a cultura. (...) Isso só melhora, quando o poder público investir na formação cultural dos jovens, fomentando o gosto pelas artes com projetos culturais, oficinas e escolas de artes. Só que isso tem custo e trabalho.