XEQUE-MATE

Corrida antecipada

Luiz Roberto Saviani Rey/ Correio Popular
26/03/2021 às 17:17.
Atualizado em 21/03/2022 às 23:00

No ambiente vazio da Câmara Municipal, com os vereadores envolvidos em reuniões e sessões remotas, para se preservarem da covid, já é possível vislumbrar forte movimentação em torno de pré-candidaturas para as eleições do próximo ano. Não há exposição explícita, nem disputas entre pretendentes e seus partidos, mas um mapa prévio do que será a chapa para a Assembleia Legislativa e a Câmara Federal começa a ser esboçado, a partir de diálogos internos às agremiações.

Quem é quem?

É certo que os três candidatos a prefeito mais bem votados, depois de Dário Saadi, no ano passado, estarão na corrida. Nesses cenários ainda difusos, o PT discute intensamente o nome de Pedro Tourinho para deputado federal. Já o PL coloca a possibilidade de Rafa Zimbaldi elevar a categoria e também concorrer à Câmara Federal. O deputado avalia as perspectivas. Já Artur Orsi estuda disputar a Assembleia.

"Além do exame do trabalho do chanceler, o que é preciso mudar é a política externa do Brasil.", Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

QUATRO POR DOIS

Talvez a disputa mais acirrada, nesta fase morna da politica, situe-se na sigla do PSB, onde quatro candidatos postulam duas vagas a deputado estadual. Conversam animadamente sobre a possibilidade, Zé Carlos, presidente da Câmara, Permínio Monteiro, Carlinhos Camelô e Filipe Marchesi.

FUMAÇA NA CHAMINÉ

Na Unicamp, o candidato a reitor Tom Zé ganhou, ontem a consulta entre a comunidade universitária. Antonio José de Almeida Meirelles, da Engenharia de Alimentos, levou a bolada, com 51,97% dos votos válidos, contra 48,03% angariados pelo médico Mário Saad. Total de 12,6 mil votos. Lista tríplice irá agora a João Dória, incluindo o nome de Sérgio Salles Filho.

IMPACTO NACIONAL

É nítida a razão da luta de espadas que o Brasil assiste desde a criação de um comitê para gerir a crise da pandemia. Crise que se agrava a cada dia, confrontando Bolsonaro, parlamentares, o STF e governadores, e que ontem culminou por azedar o que seria o Dia do Pacto Nacional.

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A briga é por disputa político-eleitoral, mas tem ainda, como fundo, a busca da superação de choques com nações produtoras de vacinas, como Índia e China, ofendidas por frases e gestos de aliados do presidente. Entre eles, o Ernesto.

CLOROQUINA

A guerra começou na terça à noite, com Arthur Lira, presidente da Câmara, ameaçando Bolsonaro com “remédios políticos amargos”, por conta de erros e da desorganização no combate à covid.

CLOROQUINA 2

Por remédio amargo pode-se entender a abertura de uma CPI para apurar o descontrole no manejo da pandemia. Bolsonaro tem mudado seu tom de voz e o discurso, bem como abrandado ataques, mas a crise está aberta e pode acabar mal. O ar em Brasília anda saturado.

BILHETE NA PORTA

Dos conflitos gerados entre os Três Poderes, com acréscimo dos governadores, sobram farpas e um possível bilhete azul para o chanceler Ernesto Araújo, colocado no centro do furacão como o responsável pela recusa de Índia e China em enviar vacinas ao Brasil. Há pressões para que

BILHETE NA PORTA 2

A situação colocada na mesa de Bolsonaro é excludente: ou muda a política do Itamaraty e troca o chanceler, ou a crise no campo vacinal se estenderá por meses. Araújo só tem trato com países cujos dirigentes são conservadores e avessos à democracia.

***

Bolsonaro ainda não decretou o bota fora porque busca - como no caso de Pazuello - saída honrosa. O “Centrão” já ronda o cargo.

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