LUTO

Corpo de Saulo Ramos será enterrado às 14h em Brodowski

Jurista e escritor fazia tratamento contra problemas cardíacos em Ribeirão e faleceu neste domingo

Gazeta de Ribeirão
29/04/2013 às 12:15.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:23

O jurista e escritor Saulo Ramos morreu na noite deste domingo (83), em Ribeirão Preto. Saulo Ramos foi consultor geral da República, ministro da Justiça no governo José Sarney (1985-1990) e idealizou a AGU (Advocacia Geral da União).

Ele estava com problemas cardíacos e fazia hemodiálise regularmente. O enterro será realizado nesta segunda-feira (29), às 14h, em Brodowski, cidade onde nasceu em 8 de junho de 1929. Seu corpo está sendo velado na Câmara Municipal da cidade.

Era membro da Academia Ribeirão-pretana de Letras e fundou a Academia Santista de Letras. Em 2007, lançou o livro de memórias “O código da vida”, que conta sua trajetória de vida e fatos que marcaram a história do país a partir de um caso judicial.

Diversas autoridades se manifestaram a respeito da morte de Saulo Gomes. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que que ele era um “jurista refinado e exemplar, que teve participação fundamental no processo de restauração da democracia e do estado de direito no país.”

O ministro do Supremo José Antônio Dias Toffoli, que também comandou a AGU, destaca como grande obra de Saulo Ramos “a idealização da Advocacia-Geral da União, um passo fundamental na reconstrução da estrutura do Estado brasileiro”. Com sua iniciativa, continua Toffoli, ele preparou e lançou as bases para que a União passasse a ter uma defesa técnica e profissional.

O ministro do STF Gilmar Mendes, que também comandou a AGU, classifica Ramos como um “grande polemista e de grande vivência jurídica”. Segundo o ministro, o jurista teve papel central tanto no momento delicado de transição entre a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney, como na produção dos planos econômicos. “Atuou ativamente na elaboração do plano cruzado a ponto de ter sido ouvido quando da elaboração do Plano Real”, lembra Mendes.

Em entrevista à revista Veja em 2007, Saulo Ramos, ao comentar a disputa de poder entre Legislativo e Judiciário, tema cada vez mais atual com as discussões sobre a PEC 33/2011, sentenciou que o conflito só se dá porque “o Congresso Nacional parou de trabalhar”. Segundo ele, o Supremo tem trabalhado para suprir as falhas do Congresso, interpretando o conjunto das normas constitucionais.

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