O Timão perdeu por 2 a 0 para a Macaca, caiu para o 7º lugar e ficou mais longe do G4 do Brasileirão
A crise chegou de vez ao Corinthians. Nesta quarta-feira (18), em mais uma atuação sofrível, o time comandado por Tite foi derrotado pela Ponte Preta por 2 a 0, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 22.ª rodada do Campeonato Brasileiro, e conheceu a sua terceira derrota consecutiva - antes para Botafogo e Goiás. Com apenas um ponto ganho nos últimos 15 disputados, segue com 30 e caiu para a sétima colocação, mais distante do G4 - a zona de classificação à Copa Libertadores.Depois do jogo, a torcida organizada do Corinthians, encostada no alambrado do Moisés Lucarelli, gritava: “ou joga por amor ou por terror”. Os jogadores, de cabeça quente, desceram rápido para o vestiário. Um cenário que há tempos o campeão do mundo não via. A equipe de Campinas, desesperada para fugir do rebaixamento à Série B, pode respirar um pouco. Ainda está na 19.ª e penúltima colocação, com 19 pontos, mas diminuiu a diferença para o primeiro time fora da zona de degola - o Criciúma, com 24. O JOGO - O placar real do primeiro tempo foi 0 a 0. Mas até ali, o jogo retratou outra coisa. Um time, a Ponte Preta, desperdiçou uma sequência de gols, do apito inicial ao intervalo. Com Chiquinho, o nome do jogo, para o bem e para o mal, Adrianinho e Alef. Foram eles contra Cássio, vendido em todos os lances. A facilidade com que a Ponte Preta encurralou o Corinthians teve relação direta com as falhas que o time de Tite apresentou nas laterais, principalmente pelo lado direito da defesa, e no meio de campo, aliás a ausência dele. A aposta em Maldonado só reforçou o discurso daqueles que criticaram a sua contratação. Ele começou jogando no meio de campo pelo lado esquerdo. Tinha praticamente uma função nula pelo setor. Nem marcou nem criou. O outro lado da defesa viveu 45 minutos de pura emoção. Os espaços que havia ali foram tantos que Chiquinho invadiu à área por pelo menos três vezes, na cara de Cássio, e ele só não abriu por falta de sorte e, também, de competência. Tite, solitário na área técnica, gritou menos com o time do que de costume, embora tenha tentado de tudo para arrumar a equipe com a bola rolando. Chamou Maldonado e mandou o chileno à lateral direita. E pediu para que ele não saísse mais dali, em uma tentativa de minar a principal jogada da Ponte Preta. Edenílson foi jogar no setor onde ele erra menos, no meio de campo. E Alexandre Pato e Romarinho inverteram de lado no ataque para vencer a marcação. Mas não adiantou. Foram presas fáceis para os laterais da Ponte Preta e os zagueiros seguravam Guerrero, autor do único chute na direção de Roberto no primeiro tempo. Mas a melhor chance, no entanto, com Pato, e depois Ralf, nasceu de uma bola parada. As alterações feitas por Tite no intervalo, sacando Alexandre Pato e Romarinho, pelo menos conseguiram com que a equipe equilibrasse as forças. O time encorpou com Danilo e Emerson. Edenílson voltou à lateral e Maldonado, ao meio, como volante. A Ponte Preta parou, mas só até os 30 minutos. A parti daí, a equipe de Campinas melhorou e foi para cima. Adailton chutou e o Cássio defendeu. Uma, duas vezes. Nova chance, mais uma vez com Adailton, e Maldonado, de carrinho, colocou para escanteio. Sufoco e pressão que se traduziram no gol de Fellipe Bastos, de falta, aos 42 minutos. No final, aos 48, Adailton ganhou na corrida de Gil, dividiu com Cássio e sacramentou a vitória da Ponte Preta. FICHA TÉCNICA: PONTE PRETA 2 x 0 CORINTHIANS PONTE PRETA - Roberto; Artur, Ferrón, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, Fellipe Bastos, Alef (Fernando) e Adrianinho (Elias); Chiquinho e William (Adailton). Técnico: Jorginho. CORINTHIANS - Cássio; Edenílson, Paulo André, Gil e Igor; Ralf, Maldonado (Paulo Victor) e Douglas; Alexandre Pato (Emerson), Guerrero e Romarinho (Danilo). Técnico: Tite. GOLS - Fellipe Bastos, aos 42, e Adailton, aos 48 minutos do segundo tempo. CARTÕES AMARELOS - Ferrón (Ponte Preta); Guerrero (Corinthians). ÁRBITRO - Paulo César de Oliveira (Fifa/SP). RENDA - R$ 141.131,00. PÚBLICO - 6.777 pagantes. LOCAL - Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP).