INTERINA BRUNA MOZERContrato irregularDesta vez, quem caiu na mira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) foi o prefeito cassado Demétrio Vilagra (PT). A prorrogação do contrato em caráter emergencial entre a Prefeitura e a TB Serviços, em 2011, foi julgada irregular anteontem pelo TCE, que decidiu pela aplicação de uma multa de R$ 5,5 mil ao petista e aos secretários da época Antonio Caria Neto (Assuntos Jurídicos) e Wagner de Carvalho (Segurança Pública). A empresa realizava a locação de veículos da Guarda Municipal. No afogadilhoDe acordo com o relatório do TCE, a justificativa dada por Demétrio para prorrogar o contrato — R$ 866 mil por seis meses — foi o momento político pelo qual passava Campinas, com a transição de prefeitos e troca-troca de secretários. Mas o TCE não aceitou o argumento. Considerou que é “notória” a Administração de Campinas e que, por isso, deveria ter realizado uma nova licitação, em tempo hábil, para garantir a concorrência pública. VigenteA empresa TB ainda presta serviços à Prefeitura, por meio de um contrato permanente. Apesar de a multa ter sido aplicada ao ex-prefeito e aos ex-secretários, caberá ao atual chefe do Executivo, Jonas Donizette (PSB), responder ao TCE. A Prefeitura informou que ainda não foi notificada. Vagalumes brilhantesOntem, na tribuna da Câmara, o vereador Jorge da Farmácia (PSDB) comparou-se a um vagalume para se defender das acusações de que usaria a Prefeitura para manter limpa a praça que adotou e onde faz propaganda de sua drogaria. Contou uma parábola sobre a cobra que queria comer o inseto para receber sua luz. “Quando começa a brilhar na política, querem cortar você”, disse. O tucano diz ser vítima de uma armação. SolidariedadeEm apoio, o vereador Marcos Bernardelli, seu colega de partido, usou a tribuna para defender o tucano. Preconceito? 1O vereador Carlão do PT achou preconceituoso o uso da palavra “preta” no projeto de lei do vereador Luiz Lauro Filho (PSB) e gerou discussão. A proposta é de um controle da poluição gerada pelos veículos movidos a diesel a partir da cor da fumaça expelida, no caso, escura, descrita como “preta” no projeto. A regra valeria para a frota da Prefeitura e aos veículos do transporte público. Preconceito? 2Ativista da questão racial, para Carlão, o uso de “preta” nesse contexto dá uma conotação negativa à palavra. VetosDepois da série de vetos do prefeito Jonas Donizette (PSB) a projetos de lei, os vereadores estão descrentes. Embora tenham aprovado a proposta de Luiz Lauro, alguns disseram desacreditar que, um dia, a lei entre em vigor. Mais Médicos 1O Executivo enviou à Câmara projeto de lei que cria auxílios-moradia e alimentação para serem pagos aos profissionais que chegam à cidade pelo Mais Médicos. Mais Médicos 2O número de bolsas chega a 120, limite de profissionais que podem ser pedidos ao Ministério da Saúde. Porém, Campinas receberá apenas cinco médicos. Cadê os problemas?Parece até que faltam problemas em Campinas. Os vereadores das bancadas petista e tucana passaram considerável parte do tempo na sessão de ontem discutindo o mensalão e as denúncias de cartel no metrô de São Paulo. A discussão foi iniciada pelo vereador Marcos Bernardelli (PSDB) e seguida pelos seus colegas de partido Gilberto Vermelho e Artur Orsi. Em seguida, o PT saiu em defesa. Pedro Tourinho e Carlão do PT comandaram a polêmica. O debate é louvável, mas não acrescenta em nada à realidade na nossa cidade.
