SABESP

Conta de água vai subir em cinco cidades da região

Sabesp pede aumento de 22,7% para repor "prejuízos" da crise hídrica; índice final sairá no dia 25

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
17/04/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 16:22

Decisão sobre aumento da água sairá no dia 25 ( Cedoc/RAC)

Cinco cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) poderão ter mais um aumento na tarifa de água, de 22,7%, após ter sido autorizado, em dezembro, um reajuste de 6,5% nas contas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que na região atende Hortolândia, Itatiba, Paulínia, Monte Mor e Morungaba, quer o reajuste para repor as perdas causadas pela crise hídrica. Segundo a empresa, os 13,8% autorizados pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado (Arsesp) em março não garantem o equilíbrio financeiro da companhia. O aumento, que ainda precisa ser aprovado pela Arsesp, fará com que as contas de quem gasta até 10 mil litros por mês subam R$ 8,13. Reflexos Estão nessa faixa 55% dos clientes da companhia na Grande São Paulo. Para quem consome 13 mil litros, a alta prevista é de R$ 11,94 por mês. O índice final deverá ser divulgado pela Arsesp em 25 de abril e pode ser aplicado pela Sabesp a partir de 30 dias depois de publicado no Diário Oficial do Estado. O reajuste proposto é composto, entre outros fatores, de 7,8% (referente ao IPCA) e de 13,82% (aumento da energia e da queda do volume faturado). Segundo a empresa, por causa da crise de abastecimento no Estado, a produção de água na Grande SP caiu de 70m3/s (janeiro de 2013) para 52m3/s (janeiro de 2015). Consulta pública No fim de março, a Arsesp publicou o chamado da consulta pública, que ocorreu na quarta-feira, quando a empresa informou que precisa de um reajuste de 22,7%. A agência divulgou uma nota técnica em que propunha uma taxa de 13,87%, que contempla 6,36% de reajuste extraordinário e outros 7% decorrentes da atualização monetária pelo IPCA. O pedido de aumento em razão da crise — chamado de revisão tarifária extraordinária — foi feito pela Sabesp à Arsesp em março deste ano. A Sabesp considerou que o índice sugerido pela Arsesp é insuficiente, pois não contempla as perdas sofridas pela empresa nos anos de 2013 e 2014, e que entendeu só seriam compensadas em 2017, quando é feita a revisão completa da política tarifária. A crise fez o lucro da Sabesp cair 53% em 2014 em relação a 2013. Esse foi o percentual de recuo nos juros e dividendos pagos aos acionistas da empresa — o maior deles é o Estado de São Paulo —, que caíram para R$ 252,3 milhões. Os investimentos da empresa também saíram prejudicados. O volume de recursos aplicados em coleta de esgoto em 2015 será de R$ 843 milhões, ante R$ 1,9 bilhão de 2014. Sanasa A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) descartou, nesta quinta-feira (16),  a adoção de mais um reajuste na tarifa de água e esgoto para repor os prejuízos causados pela crise hídrica em Campinas. A empresa informou que está adotando medidas de redução de custos internos para poder compensar os aumentos de gastos com o tratamento de água que, só no ano passado, ampliaram em R$ 14 milhões. Em 2014, a empresa registrou prejuízo de R$ 18,7 milhões provocados, segundo a Sanasa, pela redução do consumo de água e pelo aumento no uso de produtos químicos utilizados no tratamento. A tarifa de água em Campinas já teve um aumento de 11,98% este ano, que passou a valer a partir de fevereiro. O aumento, acima da inflação, foi autorizado pela Agência Reguladora PCJ, para recuperar o equilíbrio financeiro da empresa.

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