Clube não tem comprovantes do destino de R$ 7,5 milhões pagos a terceiros na administração do ex-presidente
A diretoria executiva do Guarani e o Conselho Fiscal, bem como os associados, reprovaram as contas do clube referente ao ano de 2012, em reunião realizada neste sábado (27/04). A justificativa da reprovação foi por conta da falta de documentos que comprovem a saída de cerca de R$ 7,5 milhões dos cofres do Bugre destinados a terceiros na administração do ex-presidente Marcelo Mingone.
“Foi apresentado o relatório da diretoria executiva, o parecer do Conselho Fiscal e da auditoria independente e foi reprovado o balanço. Um parecer foi emitido e ele foi encaminhado para a Assembleia Geral dos Sócios, que convalidou essa reprovação”, disse Rodrigo Ferreira, presidente do Conselho Deliberativo.
“Foram saídas que tiveram do caixa do clube em que não houve comprovação para onde foi, para quem foi, referente a quê e qual o tipo de negociação feita, não sabemos. Esse dinheiro deveria estar no caixa do Guarani”, explicou Rogério Giardini, vice-presidente do Conselho.
Segundo Rodrigo Ferreira, o valor que está no balanço, mas que não entrou no clube, se baseia em negociações de jogadores, em que parte dos diretos teriam sido cedidos a terceiros. “É uma situação ligada com a empresa Ardizzone”, afirmou, em referência a empresa, que teve direto a mais de R$ 2 milhões na negociação do atacante Bruno Mendes, segundo informação da diretoria, na época.
Ainda de acordo com Ferreira, o clube deve entrar com uma ação na justiça contra Mingone. “A diretoria executiva vai se reunir e tomar as medidas necessárias quanto a isso”.