A Ponte lutou para tentar enfrentar o São Paulo em casa, mas a Conmebol desprezou o laudo fornecido
O Estádio Moisés Lucarelli não sediará a segunda partida da semifinal da Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira (27). A Ponte Preta lutou com todas as forças para tentar enfrentar o São Paulo em casa por um lugar na decisão da Copa Sul-Americana, mas a Conmebol desprezou o laudo fornecido pelo Corpo de Bombeiros, obtido pela Macaca, que liberava o Majestoso para a partida, indicando capacidade superior a 20 mil - mínimo exigido para a semifinal. A entidade emitiu uma nota no final da noite de sexta (22), sem sequer citar o laudo, confirmando que o jogo de volta será mesmo em Mogi Mirim, às 21h50. Diz o comunicado, direcionado a Julio Avelleda, secretário-geral da CBF: "Em referência ao Laudo do Corpo de Bombeiros, realizado no Estádio Romildo Ferreira da cidade de Mogi Mirim, e com base na certificação e aval emitida por sua Confederação, confirmamos a realização em dito recinto esportivo da partida de volta pela semifinal da Copa Total Sul-Americana, entre as equipes Ponte Preta x São Paulo, na próxima quarta-feira 27 de novembro às 21h50 (de Brasília)".A rede ESPN informou que a decisão tomada pela Conmebol teve a participação de Marco Polo Del Nero, vice-presidente da CBF e presidente da Federação Paulista. De Nova York, segundo a emissora, onde se encontrava na sexta-feira, Del Nero levou à entidade sul-americana a decisão de que o jogo não seria realizado em Campinas.De qualquer forma, a Ponte jogará pela vantagem de poder perder por até 2 a 0, já que venceu o primeiro jogo, no Morumbi, por 3 a 1. Com o resultado, o Tricolor só garante vaga na final se vencer por três gols de diferença ou por dois, desde que marque pelo menos quatro. TentativaO Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), que foi assinado na sexta-feira e enviado a Conmebol, indicava a capacidade do Majestoso de 21.470 pessoas. Para conseguir esse número, a Macaca precisou apresentar um modelo alternativo de acesso e vazão. Os torcedores entrariam pelos portões laterais que normalmente são utilizados pelo TC10+ e como entrada da ambulância, e a entrada principal ficaria livre para se tornar saída. Algo pensado às pressas e que contradiz os laudos emitidos anteriormente, que mostram uma capacidade menor que 20 mil. O que, possivelmente, foi o que fez a Conmebol desprezar o documento.A reportagem tentou contato com representantes da Ponte Preta para falar da decisão, mas ninguém foi encontrado.