Alto Padrão

Conforto a preço justo

Vilma Gasques - Especial para Metrópole
vilma@rac.com.br
02/04/2015 às 17:33.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:34

alto padrão ( Divulgação)

O cenário atual não é o mais favorável para a economia. E no setor imobiliário há uma incerteza que pode levar a uma retração do mercado, com expectativa de redução nos investimentos. Entretanto, o sonho da aquisição de um imóvel de alto padrão ainda é real para uma parcela maior de campineiros. “A demanda diminuiu, sim, não só em função das taxas, mas, principalmente, devido ao baixo desempenho da economia brasileira que afeta todos os segmentos”, analisa José Carlos Sioto, delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Campinas (Creci).   Foto: Divulgação Fábio Porto, da Construtora Nogueira Porto O fato se confirma porque um financiamento imobiliário é de longo prazo, em torno de 30 anos. A instabilidade do momento tem reflexos nas decisões do consumidor de assumir ou não um financiamento. “Os financiamentos ainda estão acessíveis, porém, os bancos estão mais restritivos na análise para liberação de crédito imobiliário, exigindo maiores garantias comprovadas de renda. Na Caixa Econômica é possível obter financiamentos de até 420 meses e há opções de consórcios imobiliários com prazos menores, em média de 180 meses”, diz. Quanto às construtoras, elas continuam investindo no setor de alto padrão. “Principalmente em regiões mais afastadas dos grandes centros, já que o sonho inclui a busca pela qualidade de vida. É esse atrativo que tem sido explorado pelas empresas focadas em apartamentos com mais de 150 metros quadrados e que custam acima de R$ 1 milhão e em casas com mais de 250 metros quadrados e valores acima de R$ 1,3 milhão”, afirma Sioto. Na Construtora Nogueira Porto, os investimentos nesse segmento seguem fortes apesar da insegurança política. “A realidade é que as pessoas estão mais seletivas na compra, analisam com mais critério os itens essenciais para investir, como localização, valor do metro quadrado, projeto e locais que são considerados eixos de crescimento na região”, diz Fábio Porto, diretor da Nogueira Porto. O executivo diz que os produtos que conseguem contemplar custo e benefício, com preço competitivo, bom projeto, boa localização e arquitetura inteligente, sempre se destacam, independentemente de qualquer fator externo ao mercado imobiliário. “Esses produtos se mantêm em alta e atendem às expectativas de clientes empreendedores. Além disso, os bancos têm maior garantia e mais liquidez para realizar tais operações por causa da Lei de Patrimônio de Afetação, com baixa inadimplência que reflete na saúde do sistema. Assim, os créditos imobiliários vão continuar em alta”, analisa o diretor. Foto: Divulgação José Carlos Sioto, delegado do Creci A estratégia da Nogueira Porto para continuar investindo é trabalhar com imóveis de alto padrão, de olho nos eixos de crescimento da cidade e nos projetos apresentados tanto no setor público quanto no privado. “O imóvel de alto padrão é caracterizado, principalmente, pela localização, pelo projeto de arquitetura e pelos acabamentos das áreas comuns. Atualmente, a metragem já não é um parâmetro porque temos apartamentos de 50 metros quadrados considerados de alto padrão”, afirma.O grande sonhoLucas Couto, diretor comercial e de marketing do Grupo Patrimar, diz não ter dúvida de que o sonho do brasileiro é ter um imóvel de alto padrão. O termômetro da construtora é o volume de visitas ao stand do Acqua Galleria Condomínio Resort, que está sempre em alta. “O problema é que, com as incertezas na economia, o comprador, em alguns casos, prefere esperar e aguardar para ver o que vai acontecer, postergando a compra do imóvel”, afirma.   Foto: Divulgação Diretor do Grupo Patrimar, Alex Veiga, e o diretor comercial e de marketing, Lucas Couto Para o executivo, hoje o fator preço é fundamental e a empresa sabe que os imóveis com o tíquete menor têm aceitação maior no mercado, já que, dessa forma, é possível atingir mais pessoas com o potencial para adquirir o bem. “Porém, as construtoras continuam apostando no alto padrão. Sabemos que esse nicho tem uma demanda menor, porém, é destinado a uma classe menos atingida pelo sobe-desce do mercado. Apesar disso, estamos cientes de que os investimentos em geral, em todas as classes, estão em ritmo mais lento. Entretanto, o Interior paulista é muito forte economicamente e cada vez mais vejo espaço para o crescimento em cidades próximas à Capital”, observa.   Foto: Divulgação Fábio Bernils, do escritório Vieitez Bernils De acordo com Couto, os fatores de destaque para se caracterizar um imóvel de alto padrão são o nível de acabamento (independentemente da área), a localização e a concepção do projeto. “O preço não deixa de ser uma característica, mas nem sempre é o mais importante”, destaca.     Novo espaço de morarA concepção de um projeto de alto padrão começa no escritório de arquitetura. No Vieitez Bernils, os arquitetos Luz Vieitez e Fábio Bernils, que trabalham com o desenvolvimento de projetos residenciais e corporativos, a busca é por melhores soluções técnicas e estéticas dentro das condições estabelecidas pelo cliente. O escritório trabalha tanto em projetos de arquitetura externa como de interiores. “Cada vez mais, as pessoas necessitam de agilidade e praticidade no seu dia a dia e isso tem transformado o espaço de morar. O mercado está atento a esse fato e tem apresentado diversidade de produtos para variados perfis do segmento”, diz Bernils.Na opinião de Luz, a possibilidade de ter um imóvel de alto padrão é real, apesar da instabilidade econômica atual. “Porém, todos querem mais conforto, segurança, praticidade, qualidade e bem-estar no seu espaço habitado”, diz. E quais são os critérios exigidos nesse mercado? “Tudo isso mais o acesso fácil a comércio e serviços em geral, além de projetos de arquitetura e urbanismo bem elaborados”, salienta a arquiteta.   Foto: Divulgação Luz Vieitez, do escritório Vieitez Bernils Luz comenta que entre os itens mais solicitados estão os conceitos de arquitetura contemporânea como integração e interação dos espaços internos e aproveitamento da iluminação e da ventilação naturais. Também estão em alta os projetos com pés-direitos altos, qualidade e beleza nos acabamentos. “Recentemente, outro item que ganhou importância foi a sustentabilidade, que traz no seu bojo os conceitos de preservação”, observa. Bernils concorda que um imóvel de alto padrão nem sempre é definido pela quantidade de metros quadrados construídos, mas, sim, por um projeto de arquitetura e construção que atenda às expectativas de um mercado cada vez mais exigente e informado. E o perfil das famílias que sonham com esse modelo de imóvel é bem variado. Em geral, o que elas buscam é boa localização, segurança, qualidade da construção e arquitetura flexível e despojada. “Os imóveis de alto padrão estão concentrados em algumas regiões da cidade onde há infraestrutura de comércio e de serviços, evitando grandes deslocamentos do morador para realizar tarefas diárias. Esse conceito urbanístico chamado de centralidade urbana tem potencial para se espalhar pelo território de Campinas. Para que isso aconteça, precisamos de legislação urbanística que possibilite a mescla”, afirma Bernils.Visualização em 3DO avanço da tecnologia possibilita o desenvolvimento de projetos que tornam mais prática a vida de quem vai investir em um imóvel e precisa definir suas prioridades. Para facilitar o trabalho dos investidores, os arquitetos do 24.7 Arquitetura apostam na impressão em três dimensões. “Esse recurso ajuda no entendimento do cliente sobre o projeto e faz com que ele saia do papel muito antes de ser construído”, fala o arquiteto e sócio do escritório, Inácio Cardona. O escritório é um dos primeiros do País a investirem nessa tecnologia, que já vem sendo utilizada em muitos segmentos da indústria e de serviços, como o mercado automobilístico, de saúde e entretenimento. “Estamos sempre procurando novas tecnologias para melhorar nosso trabalho e desenvolver projetos com mais qualidade para os clientes. Por isso, somos pioneiros em Campinas com esse equipamento. Outro exemplo disso é nosso investimento nos trabalhos com Building Information Modelling (BIM), que nos permite trabalhar com menos erros, mais informação e maior compatibilização”, ressalta Giuliano Pelaio, também arquiteto e sócio do 24.7.   A produção de maquetes eletrônicas para apresentações de projetos já era rotina no escritório. No entanto, a maquete 3D traz uma nova dinâmica de trabalho e permite ao cliente a visualização em escalas de 100 a 200 vezes menores do que a realidade da real volumetria e divisão entre os ambientes da construção. “Assim é possível assegurar aos autores e clientes a plena satisfação do resultado do projeto”, comenta o também sócio do escritório, Gustavo Tenca. Com equipes especializadas em diferentes áreas, o 24.7 oferece, além de projetos arquitetônicos, projetos de interiores, urbanos e administração e gerenciamento de obras.  

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