TRAGÉDIA

Condutor de trem acidentado é detido por imprudência

Principal causa do maior acidente ferroviário da Espanha parece ter sido excesso de velocidade

France Press
26/07/2013 às 09:37.
Atualizado em 25/04/2022 às 07:32
Bombeiro resgata criança que estava dentro de trem acidentado na Espanha (France Press)

Bombeiro resgata criança que estava dentro de trem acidentado na Espanha (France Press)

O condutor do trem que descarrilou na quarta-feira em Santiago de Compostela (noroeste da Espanha), deixando ao menos 78 mortos, foi detido por imprudência, disse nesta sexta-feira o chefe da polícia da Galícia. Perguntado pela imprensa sobre os motivos desta detenção, Jaime Iglesias respondeu que foi por imprudência, quando a principal causa do acidente parece ter sido excesso de velocidade. José Francisco Garzón Amo "está detido desde ontem às 22h00 (15h00 de Brasília)", disse Iglesias, afirmando que "é acusado por crimes vinculados ao acidente", embora não tenha especificado quais. O motorista, internado no hospital de Santiago com ferimentos leves, ainda não prestou depoimento, acrescentou Iglesias em uma coletiva de imprensa em Santiago de Compostela. O responsável policial afirmou que "pode fazê-lo testemunhar a qualquer momento" e que isto irá ocorrer "o mais rápido possível", sem informar o local ou a hora. A investigação sobre a pior tragédia ferroviária ocorrida na Espanha nos últimos 70 anos parecia se centrar nesta sexta-feira sobre o condutor e um possível excesso de velocidade ou falha nos sistemas de freio automáticos. Um vídeo divulgado na quinta-feira por um meio de comunicação on-line mostrava um trem entrando em grande velocidade em uma curva muito fechada, antes de se acidentar. A polícia espanhola contabilizou até o momento 78 corpos de vítimas do acidente, 72 dos quais já foram identificados. Este balanço modifica o informado até então, que era de 80 falecidos. "Atualmente, na data de hoje, estamos falando de 78 vítimas. Setenta e oito, 72 das quais estão identificadas, seis não estão identificadas", explicou Antonio del Amo, chefe da unidade central da polícia científica. Entre os corpos identificados figuram os de três estrangeiros, um argelino, um mexicano e um americano, acrescentou del Amo. "Tivemos processos de fragmentação (dos corpos), mas não de carbonização", disse o chefe policial, estimando que a identificação dos últimos cadáveres pode levar mais tempo. Nesta sexta-feira, 81 feridos seguiam hospitalizados, 31 deles (incluindo três menores) em estado grave, informou a conselheira de Saúde do governo da Galícia, Rocío Mosquera, em uma coletiva de imprensa. A maioria dos feridos são espanhóis, mas há oito estrangeiros procedentes de Argentina, Estados Unidos, Colômbia, Peru e Reino Unido. Há outros quatro hospitalizados cuja nacionalidade é desconhecida, explicou.

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