ENGENHARIA/CARREIRA

Computação traz o futuro ao dia a dia

Evolução tecnológica constante mantém mercado aberto aos profissionais

Cecília Polycarpo
31/05/2013 às 09:58.
Atualizado em 25/04/2022 às 14:00

Ela está em tablets, notebooks e smartphones, mas também em utensílios menos sofisticados, como micro-ondas, liquidificadores e relógios digitais. A engenharia de computação foi uma das profissões em alta nos anos 2000 e continuará com demanda forte pelos próximos anos, de acordo com pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A chamada “internet das coisas” — mecanismo que permitirá objetos comuns se conectarem à rede e interagirem entre eles e com as pessoas — é quase uma realidade e deve revolucionar a forma de administrar linhas de produção e até as nossas casas. E são os engenheiros de computação os profissionais por trás de toda essa tecnologia.

Bacharéis em engenharia da computação encontram terreno fértil em Campinas. O entorno da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi chamada de “Vale do Silício brasileiro” pelo empreendedor de tecnologia e colunista do jornal americano Washington Post Vivek Wadhwa, em visita à cidade no ano passado. Não faltam empresas de tecnologia de ponta à procura de mão de obra especializada na região, tanto as startups, quanto as companhias de grande porte, como IBM e Motorola.

O engenheiro de computação é o profissional responsável por projetar e construir computadores, periféricos e sistemas que integram hardware e software. Ele produz novas máquinas e equipamentos computacionais para serem usados em diversos setores, além de desenvolver produtos para serviços de telecomunicações, como os que fazem a interligação entre redes de telefonia. Na Unicamp, o vestibular para o curso teve 22,7 candidatos por vaga no ano passado e os alunos que ingressam são disputados desde os primeiros anos por empresas da área.

“Como o mercado é muito aquecido, muitos alunos do primeiro ou segundo semestre recebem ofertas generosas de estágio. Mas não deixamos eles trabalharem até estarem pelo menos no 6 semestre”, afirmou o coordenador do curso, Eduardo Candido Xavier. Segundo ele, a ideia é que estudantes aprendam bem os fundamentos da computação antes de se dedicarem somente à tecnologia específica de uma empresa. “E eles não precisam ter pressa. Quase todos os alunos saem da faculdade empregados”, completou.

Google

O salário inicial na área em Campinas não fica por menos de R$ 4 mil e um engenheiro de computação experiente pode ganhar até R$ 20 mil por mês nas empresas da região. Profissionais que conseguem migrar para companhias multinacionais e trabalham no Exterior podem ter salário anual de até US$ 140 mil. “Todos os anos, a Google vem até nós para indicarmos alguns profissionais. Mas eles têm preferência por alunos que tenham mestrado e doutorado”, disse Xavier.

Formado desde 2002, o engenheiro Fernando Moraes, de 34 anos, está na mesma empresa em que começou a estagiar quando era aluno da Unicamp. Galgou posições e hoje é gerente de pesquisa e inovação da Ícaro Technologies, em Campinas. “Na época, foi muito fácil entrar no mercado. Tinha tanta vaga disponível que fiz uma pesquisa para ver qual empresa se encaixava melhor no meu perfil”, contou.

Moraes teve a oportunidade de passar por várias áreas da companhia, como programação, processos e até marketing, antes de chegar onde queria. “Trabalhar com inovação, com tecnologia de ponta e desenvolvimento de novos produtos foi o que eu sempre sonhei. Tenho acesso a tudo de novo que aparece na indústria.”

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