Capota retrátil injeta mais emoção no carrinho importado do México : divertido e esperto
Teto do 500 se abre em três estágios; no último, a capota fica inteiramente dobrada sobre a tampa do porta-malas (Divulgação)
O Fiat 500 Cabrio é um carrinho para esfriar a cabeça. Literalmente. Destaque no estande da marca italiana no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro passado, o pequeno descapotável importado do México é divertido de dirigir, cabe em qualquer vaga e, ainda por cima, não é beberrão. Só o preço – R$ 57,9 mil – é que assusta um pouco.
Equipado com capota retrátil de lona, o 500 Cabrio resgata a nostalgia do modelo original, lançado há 55 anos. A diferença é que atualmente não é preciso fazer nenhum esforço para movimentar o teto.
Um botão localizado acima do retrovisor aciona o mecanismo elétrico que abre ou fecha a capota em três estágios, mesmo se o carro estiver em movimento (em velocidade até 80 km/h).
No primeiro estágio, o sistema funciona como um teto solar simples, abrindo uma janela sobre o motorista e o carona; no segundo, é como se fosse um teto panorâmico, deixando todos os bancos expostos ao ar livre; o terceiro e último estágio é o de abertura total do teto, que se dobra sobre a tampa do porta-malas. Daí para frente, é sol na cuca e pura diversão.
Que fique claro, porém, que o 500 Cabrio, não é um conversível autêntico por uma simples razão: apenas a parte central do teto de lona se movimenta – mesmo que ele esteja totalmente recolhido, ainda restam as colunas e o arco de metal. Ou seja, quem olha o carro de lado pode nem perceber que a capota está arriada.
Carrinho une visual nostálgico com tecnologia
Fora o detalhe da capota retrátil, o Fiat 500 Cabrio é igualzinho ao 500 convencional. O visual combina modernas soluções de design com detalhes românticos herdados do antigo Cinquecento, como os faróis arredondados, e esbanja charme.
O fato de ser um veículo supercompacto (3,55 m de comprimento, 1,63 m de largura) contribui para torná-lo ainda mais simpático. Mas se o tamanho do 500 ajuda a conquistar admiradores, também pode ser um ponto negativo.
Embora a Fiat garanta que o carro acomode quatro pessoas com conforto, basta que os dois ocupantes da frente sejam um pouco encorpados para se descobrir que atrás só cabem mesmo duas crianças. Feita essa ressalva, não há mais o que criticar no simpático carrinho.
O 500 Cabrio tem acabamento sofisticado e irreverente, alternando elementos de carros antigos com itens de vanguarda tecnológica. O quadro de instrumentos, por exemplo, é composto por mostradores analógicos (velocímetro e conta-giros) e digitais (computador de bordo).
Para quem gosta de customização e de ousar nas combinações de cores, o carrinho da Fiat é uma festa: uma das possibilidades oferecidas é a de ter assentos em vermelho com encostos de cabeça brancos.
O 500 Cabrio traz ainda rodas exclusivas aro 15, ar- condicionado, sensor de estacionamento, airbags duplo frontal e lateral, freios com ABS (antitravamento), EBD (distribuição da força de frenagem), controle de estabilidade e de tração, auxílio de partida em aclives, piloto automático, direção elétrica Dual Drive, faróis com regulagem de altura, retrovisores elétricos com capa cromada, bancos com revestimento parcial de couro, entre outros.
Mecânica
A mecânica afinada do 500 Cabrio é resultado do casamento entre o motor 1.4 Multiair a gasolina, capaz de gerar 105 cavalos, com câmbio automático de seis velocidades.
Como pudemos conferir durante essa avaliação, esse conjunto deixa o carrinho esperto na cidade e faz com que ele tenha apetite para engolir o asfalto, embora sua velocidade máxima seja comedida: nem 180 km/h.
A tecla Sport faz o motor trabalhar em rotações ainda mais altas e deixa a condução mais apimentada.
No mais, o carro tem direção elétrica macia e precisa, e a suspensão, recalibrada para rodar no Brasil, que oferece um bom compromisso entre conforto e segurança.
Outro detalhe que agradou na avaliação foi o consumo que cravou uma média cidade/estrada de 9,3 km/litro.