A parceria entre o nosso jornal e a Sanasa Campinas na futura premiação dos melhores projetos em gestão ambiental oferece à sociedade uma contribuição relevante ao esforço de construção de um mundo melhor para as futuras gerações. Semanalmente, publicamos reportagens que mostram ideias criativas e inovadoras no campo da sustentabilidade.
Até pouco tempo, os termos rentabilidade econômica e produção industrial pareciam absolutamente incompatíveis com preservação da natureza. De fato, sem inovação tecnológica, educação ambiental e disposição para transformar os processos produtivos tradicionais e quebrar os velhos e desgastados paradigmas, torna-se bastante improvável que mundos aparentemente antagônicos possam se desenvolver harmonicamente e convergir para o mesmo objetivo que é produzir sem destruir.
Na edição de ontem, publicamos mais uma reportagem, desta vez mostrando um experimento muito interessante desenvolvido no distrito de Joaquim Egídio, o empreendimento verde Sítio Vale das Cabras. É fruto do sonho de três personagens. O primeiro, um homem criado na cidade grande, que tinha vontade de viver no campo. A segunda, uma arquiteta. Seu sonho era trabalhar com bioconstrução. E o terceiro, um empregado rural que sonhava com a oportunidade de trabalhar a terra de maneira independente, produzindo alimentos.
Foi a junção destes três sonhos que tornou realidade este projeto que transformou um grande pasto que existia numa área de dois hectares totalmente degradada em 2013, em um centro produtor de serviços ambientais e modelo de transformação socioambiental na região. Oito anos se passaram e atualmente o sítio conta com água abundante, cultivo de alimento orgânico, construções ecológicas, energia renovável e reflorestamento. E o mais interessante: todo esse conhecimento e tecnologia podem ser compartilhados com quem tiver interesse em replicar o modelo.
Na matéria, estão os detalhes de como o trio desenvolveu esse projeto inovador que tem potencial para ser escalado, como base de desenvolvimento sustentável para diversas regiões do país. Com aplicação de técnicas adequadas, manejos de solo especiais e recursos hídricos alternativos e plantio ecológico, como as agroflorestas, tem-se como resultado uma unidade produtiva integrada com a natureza e economicamente viável. É mais um projeto inovador a concorrer ao prêmio RAC e Sanasa de Responsabilidade Ambiental.