CAMPINAS

Comércio que sofreu com vandalismo ganha crédito

Banco do Povo vai emprestar até R$ 7,5 mil para empresário que teve loja danificada na cidade

Felipe Tonon
felipe.tonon@rac.com.br
06/07/2013 às 17:29.
Atualizado em 25/04/2022 às 09:36

Os comerciantes que tiveram prejuízos durante as manifestações em Campinas terão prioridade para realizar empréstimo no Banco do Povo Paulista, informou na sexta (5) a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). Os empresários terão crédito de até R$ 7,5 mil. No entanto, a entidade que representa o comércio da cidade frisou que, apesar do benefício, o montante será liberado após análise de crédito.

Representantes do Banco do Povo e da Associação Comercial se reuniram ontem com alguns comerciantes para acertar as ações que estão sendo desenvolvidas em apoio aos empresários prejudicados.

Os empréstimos têm teto de R$ 5 mil para empresas com menos de seis meses, mas será ampliado. “Estamos levando em consideração a urgência e necessidade dos comerciantes, por isso o crédito poderá ser de até R$ 7,5 mil”, disse a presidente da Acic, Adriana Flosi. A associação vai ajudar a agilizar a documentação necessária paraa obtenção de linha de crédito para esses comerciantes com juros de 0,5% ao mês.

Além disso, o departamento jurídico da entidade, que irá analisar caso a caso, está à disposição dos lojistas. Inicialmente, estudou-se a possibilidade de uma ação conjunta, o que não será possível. “Os danos são diferentes, então será preciso essa análise individual. O mais importante é conseguir trazer um pouco de solidariedade a essas pessoas, em um grupo onde esse comerciante se sinta acolhido. Não pode ficar sozinho nessa situação”.

Prejuízos

De acordo com a Acic, os prejuízos causados pelos atos de vandalismo contra estabelecimentos comerciais durante os protestos em Campinas somaram R$ 2,5 milhões. A entidade informou que a circulação de pessoas pelo Centro caiu 20% desde que as manifestações passaram a ser frequentes na cidade, o que representa 30 mil pessoas a menos por dia. Com isso, houve redução entre 10 e 12% nas vendas, segundo o economista da entidade, Laerte Martins.

Na semana passada, o proprietário da loja Luani Noivas, Dirceu Barreto, localizada na Avenida Anchieta, disse que a loja que alugava roupas para casamento fechou as portas após ter sido apedrejada e saqueada. Mais de 150 vestidos foram furtados. Ele afirmou que apenas para trocar os vidros quebrados seriam necessários R$ 10 mil. Duas semanas depois de ter sido destruída, uma agência do banco Itaú, também na avenida, continua com tapumes de madeira no lugar dos vidros e da porta giratória. Apesar de parecer estar fechada, a assessoria do banco informou que o atendimento é feito normalmente.

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