Banco do Povo vai emprestar até R$ 7,5 mil para empresário que teve loja danificada na cidade
Os comerciantes que tiveram prejuízos durante as manifestações em Campinas terão prioridade para realizar empréstimo no Banco do Povo Paulista, informou na sexta (5) a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). Os empresários terão crédito de até R$ 7,5 mil. No entanto, a entidade que representa o comércio da cidade frisou que, apesar do benefício, o montante será liberado após análise de crédito.
Representantes do Banco do Povo e da Associação Comercial se reuniram ontem com alguns comerciantes para acertar as ações que estão sendo desenvolvidas em apoio aos empresários prejudicados.
Os empréstimos têm teto de R$ 5 mil para empresas com menos de seis meses, mas será ampliado. “Estamos levando em consideração a urgência e necessidade dos comerciantes, por isso o crédito poderá ser de até R$ 7,5 mil”, disse a presidente da Acic, Adriana Flosi. A associação vai ajudar a agilizar a documentação necessária paraa obtenção de linha de crédito para esses comerciantes com juros de 0,5% ao mês.
Além disso, o departamento jurídico da entidade, que irá analisar caso a caso, está à disposição dos lojistas. Inicialmente, estudou-se a possibilidade de uma ação conjunta, o que não será possível. “Os danos são diferentes, então será preciso essa análise individual. O mais importante é conseguir trazer um pouco de solidariedade a essas pessoas, em um grupo onde esse comerciante se sinta acolhido. Não pode ficar sozinho nessa situação”.
Prejuízos
De acordo com a Acic, os prejuízos causados pelos atos de vandalismo contra estabelecimentos comerciais durante os protestos em Campinas somaram R$ 2,5 milhões. A entidade informou que a circulação de pessoas pelo Centro caiu 20% desde que as manifestações passaram a ser frequentes na cidade, o que representa 30 mil pessoas a menos por dia. Com isso, houve redução entre 10 e 12% nas vendas, segundo o economista da entidade, Laerte Martins.
Na semana passada, o proprietário da loja Luani Noivas, Dirceu Barreto, localizada na Avenida Anchieta, disse que a loja que alugava roupas para casamento fechou as portas após ter sido apedrejada e saqueada. Mais de 150 vestidos foram furtados. Ele afirmou que apenas para trocar os vidros quebrados seriam necessários R$ 10 mil. Duas semanas depois de ter sido destruída, uma agência do banco Itaú, também na avenida, continua com tapumes de madeira no lugar dos vidros e da porta giratória. Apesar de parecer estar fechada, a assessoria do banco informou que o atendimento é feito normalmente.