Estudante é o único suspeito do assassinato do pai e da madrasta em 2004
Gil Rugai deve ser julgado pela morte do pai e da madrasta no dia 18 de fevereiro (Reprodução)
Começou às 10h desta segunda-feira (18), defensores de Luiz Carlos Rugai e Alessandra de Fátima Troitino, mortos há quase nove anos, vão assumir papéis opostos no tribunal. O acusado pelo crime, Gil Rugai, de 29 anos, terá o apoio da família e a desconfiança dos parentes da madrasta, que acreditam e assumem a tese da acusação. Para eles, foi Gil, o filho mais velho de Luiz Carlos, que assassinou o casal a tiros.
São esperadas 16 testemunhas no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, para defender ou acusar o estudante de Teologia que, aos 20 anos, sonhava em ser padre. Se todos comparecerem, o júri pode estender-se até o fim da semana.
Único suspeito do crime, o réu ficou dois anos e meio preso depois que provas periciais e o testemunho de um vigia noturno da rua onde o pai morava com a mulher indicaram a sua presença no local do crime, uma mansão em Perdizes, na zona Oeste. Ela foi atingida por cinco tiros e ele, por quatro, na noite do dia 28 de março de 2004.
O estudante terá no tribunal o amparo informal de Alberto Toron, um dos principais criminalistas do País. O escritório dele tem como sócio Marcelo Feller, que representa o acusado, ao lado de Thiago Gomes Anastácio, de 33.
A equipe de defesa ainda tem a experiência da escritora Ilana Casoy, que é especialista em criminologia e mãe de Feller.
Para os defensores, a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual chega a ser “ridícula”. Os advogados afirmam que o réu estava no prédio onde mantinha um escritório no momento do crime Feller e Anastácio prometem comprovar a tese por meio de registros telefônicos.
Segundo o promotor de Justiça Rogério Zagallo, responsável pela acusação, a Promotoria promete apresentar provas aos jurados, como o suposto desfalque de R$ 150 mil feito por Gil na empresa de vídeo do pai.
O debate entre acusação e defesa deve ocorrer entre quarta e quinta-feira. Em seguida, sete jurados vão decidir se Gil é ou não culpado.