Com doações baixas, estoque do banco de sangue corre risco

“Seja solidário, reserve um tempo para esta causa. Doe sangue e nos ajude a salvar vidas!”. Este é o slogan utilizado pelo Hemonúcleo de Piracicaba, que está com o estoque em estado crítico. De acordo com a assistente social do local, Kelly Cristina Borges, a média de doadores atualmente é de 30 a 40 por dia, quando o necessário é entre 80 e 100 voluntários. O Hemonúcleo de Piracicaba atende 16 hospitais da cidade e da região. “Se continuarmos com estes números, enfrentaremos problemas para atender a população. Distribuímos mais de mil bolsas de sangue por mês para Piracicaba e região. Mas para atender à demanda, precisamos da colaboração das pessoas que têm disposição para doar sangue”, diz Kelly. “Muitos pacientes necessitam de transfusão sanguínea diariamente por diferentes motivos, como acidentes, cirurgias ou doenças. E somente a doação pode ajudar”, acrescenta Quem pode doar Para doar sangue, a pessoa precisa sentir-se bem e não ter tido gripe ou diarreia nos últimos sete dias – ou ainda qualquer tipo de infecção nos últimos 15 dias. É necessário ter entre 18 e 67 anos e pesar acima de 50 quilos. “Menores de idade, entre 16 e 17 anos, podem doar desde que os pais ou responsáveis autorizem”, explica a assistente social. O voluntário precisa apresentar documento com foto – RG, carteira de habilitação ou carteira de trabalho – no momento da doação. Condições De acordo com Kelly, o doador não pode estar em jejum. “Ele pode tomar café da manhã leve e deve evitar alimentos gordurosos. Além disso, é preciso repousar, no mínimo, seis horas na noite anterior e não ingerir bebidas alcoólicas no dia anterior”, revela. Outro ponto importante é não fumar, ao menos, duas horas antes da doação. O Hemonúcleo de Piracicaba está localizado na avenida Independência, 953, Bairro Alto (na Santa Casa da cidade). A doação pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 13h00. Informações pelo telefone (19) 3422-2019. Quem não poder doar A assistente social do Hemonúcleo de Piracicaba, Kelly Cristina Borges, explica que a pessoa que teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade está impedida de doar sangue, assim como mulheres grávidas ou que estão amamentando. “Outro grupo que fica de fora das doações são os portadores de doenças crônicas, como diabetes em tratamento, problemas cardíacos graves, epilepsia, entre outros”, afirma. Também não podem ser voluntários as pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como Aids, sífilis e doença de chagas, usuários de drogas, as pessoas que realizaram exames endoscópicos nos últimos seis meses e aqueles que tiveram relação sexual com múltiplos parceiros.