CAMPINAS

Cocaína 'retornável' coloca dois na cadeia

Em vez de dinheiro, traficantes aceitavam dez pinos de plástico vazios para trocar por um cheio

Felipe Tonon
26/03/2013 às 17:52.
Atualizado em 25/04/2022 às 22:59
Traficantes trocavam dez tubos plásticos vazios por um cheio de cocaína (Cedoc/RAC)

Traficantes trocavam dez tubos plásticos vazios por um cheio de cocaína (Cedoc/RAC)

Uma equipe da Força Tática da Polícia Militar (PM) prendeu dois homens na noite de segunda-feira (26) acusados de tráfico de drogas. De acordo com a polícia, eles fazem parte de um novo esquema de compra e venda de cocaína em Campinas, o de tubos "retornáveis".

Ao invés de usar dinheiro, traficantes estão aceitando pinos vazios utilizados no armazenamento da droga. Em alguns pontos, segundo a PM, dez tubetes vazios podem ser trocados por um cheio. No mundo do tráfico, um pino cheio contendo um grama da droga custa entre R$ 10 e R$ 15, e varia conforme a qualidade do entorpecente.

O flagrante aconteceu por volta das 20h na Avenida Martinho Lauer Filho, no Real Parque, no Distrito de Barão Geraldo. De acordo com o sargento Antonio Carlos de Almeida, da Força Tática da PM, que estava em patrulhamento pelo bairro, uma movimentação estranha chamou a atenção dos policiais, que seguiram um carro modelo Classe A, que era dirigido por Luiz Henrique Coelho Pires, o alemão, de 30 anos. Ele foi preso em flagrante quando recebia pinos cheios e entregava milhares frascos vazios para Antonio Camargo Neto, o Bola, de 21 anos.

Os dois foram levados para o plantão do 1º Distrito Policial. Na delegacia, os policias contabilizaram 8 mil tubetes vazios e mais duas sacolas contendo dezenas de embalagens cheias de cocaína. "Dessa forma não levam mais dinheiro para a biqueira e os traficantes estão aceitando as embalagens vazias. É uma espécie de cocaína retornável, você leva o frasco vazio e volta com ele cheio" , disse o sargento.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por