Zagueiro será julgado por cabeçada em Ronny do Palmeiras e artigo prevê suspensão de quatro a 12 jogos
A expulsão na derrota para o Palmeiras, no último domingo (07/04), poderá custar caro ao zagueiro Cleber. O capitão da Ponte Preta foi citado, nesta quarta-feira (10/04), no artigo 254-A, parágrafo 1º/I do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e, se for considerado culpado por agressão física, poderá pegar de quatro a 12 partidas de suspensão no Campeonato Paulista. O julgamento está marcado para a próxima segunda-feira (15/04) no Tribunal de Justiça Desportiva, em São Paulo.. Na primeira, acabou citado com base nas imagens de TV por tentativa de agressão ao atacante Neymar, do Santos, e foi apenas advertido.
Cleber já tinha recebido cartão amarelo por segurar um adversário aos 37’ do 1º tempo e acabou expulso direto aos 44’ do 2º, depois de um choque com Ronny. No lance, o pontepretano se levantava depois de sofrer uma falta e deu uma cabeçada na altura do abdome do palmeirense, que caiu no chão. Baseado no relato do árbitro Luiz Vanderlei Martinucho, a promotoria classificou o lance como agressão e irá avaliar se houve tentativa de “desferir dolosamente cabeçada de forma contundente assumindo o risco de causar dano ou lesão”.
Cleber garante que não houve agressão. "Fiquei meio nervoso sim e acho que estava meio estressado no jogo. Falaram que dei cabeçada, mas não foi. Quando fui virar o corpo, o cara estava na minha frente e acabei acertando a barriga dele sem querer. Estou tranquilo porque não foi agressão", comentou.
O zagueiro não deve mais entrar em campo na reta final da primeira fase do Paulistão. Isso porque terá de cumprir suspensão automática na partida com o Mirassol e poderá ser poupado do confronto com o Bragantino para entrar em plena forma nas quartas-de-final. "Ninguém quer ser poupado, mas vou deixar para o ‘professor’ decidir. Vou trabalhar forte nestas duas semanas e esperar para ver o que será melhor no momento certo", disse.
Cleber também lamentou a infeliz ideia de escalar o mesmo árbitro do jogo com o São Caetano em que o volante Ferrugem teve o tornozelo fraturada. "Nosso time recebeu diversos cartões (seis ao todo) e o Palmeiras não teve nenhum (na verdade foram dois). A gente não podia falar nada com o juiz e eles (jogadores do Palmeiras) falavam o tempo todo, sem problema algum. Mas sempre é assim quando um time médio joga contra um grande. Já estamos acostumados com esta situação e vai ser assim até o final", lamenta o capitão, que deverá ser substituído por Wescley no jogo de domingo (14/04) contra o Mirassol, no Majestoso.