COBRANÇA

Cidades da RMC levam lista de obras para o Estado

Prefeitos concluem esta semana estudo com projetos prometidos e que não saíram do papel

Maria Teresa Costa
19/08/2013 às 10:19.
Atualizado em 25/04/2022 às 04:57
Vista área de Campinas, com alta densidade urbana ( Cedoc/RAC)

Vista área de Campinas, com alta densidade urbana ( Cedoc/RAC)

Os prefeitos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) concluirão até terça-feira (20) o levantamento dos projetos iniciados e que ainda não começaram para poder, em bloco, ir até o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e cobrar um cronograma para os investimentos da chamada Agenda Metropolitana, anunciada em novembro de 2011. Os prefeitos querem ter em mãos a relação de data de início e de entrega das obras que ainda faltam da agenda, para poder acompanhar e cobrar. Na quinta-feira (15) passada, 12 dos 19 prefeitos da RMC se reuniram para discutir o levantamento, com o compromisso de, terça-feira, ter a checagem completa para apresentar na reunião do Conselho de Desenvolvimento da RMC, que ocorrerá em Valinhos. O presidente do conselho, Milton Serafim (PTB), disse neste domingo (18) que ainda não é possível informar quanto, dos R$ 4 bilhões previstos na Agenda Metropolitana, já foram realizados. Segundo o governo do Estado, 80% da agenda estão executados ou em execução. “Agora queremos uma agenda para os 20% que faltam, com datas definidas”, disse. Entre obras que não tiveram início estão a implantação da futura Etec de Sumaré e a Fatec de Itatiba. Segundo o Centro de Paula Souza, responsável pelas escolas técnicas, a Etec de Sumaré aguarda a transferência pela Prefeitura do prédio que vai abrigar a unidade. O projeto executivo para reforma e adequação do imóvel e construção do bloco pedagógico está em fase final de elaboração. Já o convênio para implantação da futura Fatec Itatiba determinou que cabe à Prefeitura a contratação do projeto executivo — em andamento — e a construção do prédio da unidade. O Estado, informou, é responsável pela elaboração do projeto pedagógico dos cursos, o acompanhamento do processo seletivo, a contratação de professores, a compra de mobiliário e equipamentos, enfim, a infraestrutura para o funcionamento dos cursos e sua manutenção. Também não saiu ainda a extensão do Corredor Noroeste até Santa Bárbara d’Oeste. Com custo previsto de R$ 144,5 milhões, o governo publicou no último sábado (17) o edital de licitação das obras. Alckmin incluiu as obras do Corredor Noroeste na lista de três projetos de transporte público do Estado que foram apresentadas ao governo federal, como parte do Pacto Nacional de Mobilidade. A implantação de um trem metropolitano, ligando Campinas, Valinhos, Vinhedo e Louveira a Jundiaí, é um dos projetos que ainda não tem uma decisão de implantação. Em Valinhos, houve mais uma sessão para discutir a importância desse trem. O governo do Estado contratou um estudo, que será concluído só em 2014, para avaliar a viabilidade econômica e técnica da ligação pretendida. Os prefeitos também querem a retomada do Plano Metropolitano de Saúde, que foi baseado em diagnóstico feito pela Unicamp a partir da identificação dos pontos fortes e frágeis do Sistema Único de Saúde (SUS). O Plano é composto por 47 projetos, entre os quais 22 foram definidos como prioritários. O plano propõe reorganizar a atenção especializada (ambulatorial e hospitalar) de média e alta complexidade na RMC, tendo como referência implantação das seguintes linhas de cuidado: hipertensão, diabetes, idoso, câncer de mama, câncer de colo, pré-natal, atenção ao parto, atendimento neonatal, violência e acidentes e também a reorganização a rede hospitalar da RMC vocacionando unidades e estabelecendo novos modelos de relacionamento com o SUS. A RMC vai fazer, também, um levantamento dos projetos que estão em Brasília, para cobrar agilidade na aprovação e execução.

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