FRIO

Chuva fora do normal muda a rotina de Piracicaba

Crescimento no índice pluviométrico faz aumentar alerta sobre risco de doenças na cidade

André Luís Cia
26/06/2013 às 20:21.
Atualizado em 25/04/2022 às 10:37

A chuva que atingiu Piracicaba durante toda esta quarta-feira (26) obrigou o piracicabano a tirar o guarda-chuva e os casacos do armário. O dia teve temperaturas baixas, com mínima de 17ºC e máxima de 21°C.

De acordo com previsão do Instituto Climatempo, esta quinta-feira (27) ainda será nublada com chuvas ocasionais durante todo o dia. No sábado, o sol volta a aparecer, mas, no domingo, uma frente fria que passará pelo Estado de São Paulo trará o frio e a chuva novamente. Nos últimos dois dias, foram 40 milímetros de chuva na cidade. O índice de chuvas é 62% maior do que o normal para o mês de junho.

Dados do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daae), de Campinas, mostram que o período teve 113,6 milímetros de chuva, quando a média prevista para todo o mês é de 43,1 milímetros. Segundo o setor, a vazão média do rio Piracicaba está 36% mais alta em junho. O índice está em 136 metros cúbicos por segundo, quando o normal para o mês é de 86,2 metros cúbicos.

Segundo o meteorologista do Climatempo, Marcelo Pinheiro, na terça-feira, choveu 14 milímetros e da zero hora de quarta-feira até uma hora da tarde de ontem, foram 24, 6 milímetros de chuva.

Doenças

Com o aumento das chuvas, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo faz uma alerta importante sobre os cuidados que devem ser tomados durante esse período de tempo instável.

O objetivo é evitar o risco de contágio de doenças infectocontagiosas transmitidas pelo contato com a água de áreas com alagamentos, enchentes e transbordamento de esgotos e rios, normalmente com presença de diversos vírus e bactérias nocivos à saúde humana.

Entre as principais doenças está a leptospirose, que pode ocorrer após o contato com urina de ratos contaminados com a bactéria leptospira. Ao entrar em contato com a pele humana, por meio das águas de inundações, a bactéria pode penetrar no organismo causando sintomas como febre, dores de cabeça e nos músculos e náuseas. Quando não diagnosticada com antecedência, a leptospirose pode levar a morte.

Segundo o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, os sinais da doença podem aparecer no dia seguinte após o contato com as águas de chuva, ou até depois de um mês.

"Os primeiros sintomas podem ser febre, dores na cabeça e no corpo, principalmente na panturrilha. Na ausência de tratamento de urgência, alguns casos podem ser mais graves, provocando riscos de insuficiência renal com sangramento nos pulmões", explicou o médico.

Assim como a leptospirose, outras doenças podem se manifestar após o contato com águas contaminadas pelo transbordamento de esgoto humano como a Hepatite A, a diarreia e a febre fifoide, causada pela salmonella typhi, bactéria encontrada nas fezes de animais.

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