Cetesb avalia desvio de linha em Viracopos

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) já avalia o relatório ambiental preliminar e o pedido de licença de instalação da obra que desviará em 8 quilômetros o traçado da linha férrea que passa pela área de Viracopos. Os documentos foram apresentados em reunião na tarde de ontem entre representantes da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos e técnicos da companhia. A mudança é necessária para o início da obra da segunda pista de pousos e decolagens, prevista para estar pronta em 2017. Segundo o diretor de engenharia do aeródromo, Gustavo Müssnich, a Cetesb deve demorar de três a quatro meses para emitir a licença. A empresa vai pagar na semana que vem uma taxa de aproximadamente R$ 30 mil, necessária para validar o pedido.Para fazer o projeto do desvio, Müssnich afirmou que foram levadas em consideração sugestões feitas por moradores do entorno e restrições da América Latina Logística (ALL), que opera na ferrovia. Segundo ele, será preservada uma figueira centenária dentro do sítio aeroportuário, a pedido de proprietários de chácaras. “Contratamos uma empresa de consultoria que fez o levantamento da flora e fauna local. Teremos que fazer uma compensação ambiental sim, haverá um impacto. Mas as medidas compensatórias quem decide é a Cetesb e não há prazo definido para isso.”A concessionária protocolou na última sexta-feira o mesmo projeto na Secretaria do Verde e Desenvolvimento Sustentável de Campinas. Profissionais da pasta irão até o local para fazer o Exame Técnico Municipal e analisar quais compensações ambientais devem ser feitas para a mudança.A construção da pista está programada para começar em maio de 2014, após a entrega do novo terminal de passageiros. O valor da obra, que será bancado pela Aeroportos Brasil, não foi informado. Ela será paralela à pista existente e estará a uma distância de 2,5 mil metros da atual área de pouso e decolagem. A obra permitirá que Viracopos seja o primeiro aeroporto da América Latina com operações simultâneas de pouso e decolagem. O objetivo é atender até 22 milhões de passageiros por ano a partir de 2017.