Centro Tecnológico de Campinas acolhe trabalhadores de outras cidades

Responsável por 15% da produção industrial nacional, Campinas possui uma concentração de mais de 50 filiais das 500 maiores empresas do mundo. A produção industrial do município é inferior apenas a de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, nos mais diversos setores, como automotivo, têxtil, metalúrgico, alimentício, petroquímico, farmacêutico, telecomunicações, eletroeletrônicos, informática, química fina, mobiliário e cerâmica.

Em 2000, um levantamento publicado pela revista, Wired Magazine, mostrou que o maior diferencial de Campinas, sua produção científico-tecnológica, inclui a região como um dos 46 locais no planeta classificados como Polos Tecnológicos Mundiais.

De acordo com um dossiê feito pelo Centro Franco Brasileiro de Documentação Técnica e Cientifica, o Cendotec, o município contribui com 5,9% do PIB brasileiro e possui 14.027 empresas de serviços, 19.974 empresas comerciais e 6.478 indústrias.

DIFERENCIAL:

Tornando-se diferenciada no contexto nacional, Campinas possui uma grande infra-estrutura de transportes e comunicações, entre elas está a interligação de quatro das mais importantes rodovias do país: Anhangüera - Bandeirantes, Dom Pedro I, Santos Dumont e Campinas-Mogi-Mirim, as quais garantem a integração da região metropolitana com diversas áreas do estado de São Paulo e entre outros estados, possibilitando, a conexão rodoviária com outros países da América do Sul.

O TELEFONE:

A história que liga Campinas à tecnologia já é antiga,o município foi o terceiro no mundo a adotar a tecnologia do telefone, no ano de 1883. Antes de Campinas, apenas Chicago e Rio de Janeiro aderiram à tecnologia, época em que foram instalados 57 aparelhos.

MÃO DE OBRA DIVERSIFICADA:

Por ser um grande polo-tecnológico, muitas pessoas deixam a terra natal para trabalhar no município. Este é o caso da estudante de arquitetura e urbanismo, Talita Naiara da Silva, 21, moradora em Americana, que optou em viajar todos os dias para poder estagiar em Campinas.

“Acho que existem mais oportunidades aqui em Campinas quando se fala de projeto Institucional ou Construtoras com Tradição no Mercado Imobiliário” - relatou.

Seu namorado, Adriano Gomes, 22, também fez a mesma opção e pretende com isso, conseguir grande experiência na área de engenharia civil: “Em se tratando de tecnologia para a minha área de atuação, Campinas é a melhor opção, pelo menos aqui na região”.

A jornalista Raquel Calefi, 23, da cidade de Serra Negra, conseguiu grande êxito no mercado de trabalho campineiro. Segundo ela, após seu estágio muitas portas se abriram, o que possibilitou sua mudança definitiva para a cidade. “ Depois que acabei a faculdade recebi proposta de uma agência para trabalhar como redatora e logo depois recebi outra proposta para uma agência digital onde estou hoje. Agora não pretendo mais sair daqui.” - afirma.