PIRACICABA

Cavalos são resgatados com as patas já corroídas por bichos

Passaram 12 meses presos em baias, com pouca ou sem comida, sem ver o sol ou sair para pastar; resgate foi feito por voluntárias, que pretendem montar ONG para animais

Juliana Franco
juliana.franco@gazetadepiracicaba.com.br
30/04/2015 às 19:54.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:08

De raças como manga larga, andaluz e pampa, foram encontrados com anemia e estressados ( Reprodução)

Foram 12 meses presos em baias, com pouca ou sem comida, sem ver o sol ou sair para pastar. Essa era a realidade de oito cavalos resgatados neste mês de abril em uma chácara no bairro rural de Santa Isabel, em Piracicaba. De raças como mangalarga, andaluz e pampa, foram encontrados com anemia e estressados. As patas já estavam corroídas por bichos. Apesar da triste história, seu desfecho pode ter final feliz.Isso porque uma empresária e duas veterinárias da cidade, que atuaram para liberar os animais, têm o objetivo de criar, a partir dessa experiência, uma ONG (Organização Não-Governamental) de equinos. “Sou apaixonada por cachorros e tenho 36 em minha casa. Há um pouco mais de 10 dias, fiquei sabendo, por meio do Facebook, que um caseiro precisava de doação de ração para os seus cachorros. Foi, então, que decidi ligar para saber como estava asaúde dos animais e me disponibilizei para levar remédios e aplicá-los, já que estavam com pulga e carrapato”, conta a empresária Alessandra Bellucci. “Quando cheguei à chácara, deparei-me com cavalos presos em baias, sem a menor condição, sem higiene e batendo a cabeça nas paredes”, acrescenta.Ainda segundo Alessandra, quando questionada sobre os animais, o caseiro informou que trabalhava no local, mas não tinha condições financeiras de cuidar dos cavalos. Na ocasião, o Pelotão Ambiental foi acionado e o proprietário dos bichos encontrado. “Ele alegou que não sabia das condições dos cavalos. Ao visitá-los, o proprietário aceitou doá-los a mim e duas amigas que são médicas veterinárias”, conta.A doação foi assinada pela presidente da Comissão dos Direitos dos Animais, Rosana Junqueira. "Eles foram levados para um área privada, de um funcionário meu, para passarem por tratamento e serem reabilitados. Eles têm entre dois e cinco anos. O tratamentodura entre 60 e 120 dias. Após concluído, nossa ideia é vender os animais. Com a verba, criaremos a ONG e doaremos parte às instituições filantrópicas que cuidam de cães e gatos no município”, explica Alessandra. E completa: “Teremos todo o cuidado de entregá- los com documentação e para criadores apaixonados pelo animal. Não queremos que sejam utilizados em trabalhos que façam uso de força ou que maltratem os bichos”.CuidadosO tratamento dos animais não tem especialista responsável. É feito por voluntários. Assim como a aquisição de medicamentos, vitaminas, feno e ração. Até o momento, os gastos são custeados pelas três mulheres. “Preciso de pessoas que nos ajudem. Hoje, o trabalho de reabilitação, alimentação e trato não tem responsável. É feito por quem se habilita. Além disso, não temos condições de arcar com todos os custos. Se a comunidade puder colaborar com ração, alfafa, feno e a parte de medicamentos e vitaminas, peço para que faça contato comigo”, solicita Alessandra.Por dia, cada cavalo consome, em média, cinco quilos de ração. Quem quiser colaborar pode entrar em contato com Alessandra pelo telefone (19) 3042-9330 ou pelo e-mail lebellucci@hotmail.com  

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