CAMPINAS

Casos de dengue aumentam movimento em hospitais

Unidades das redes pública e privada registram alta no número de pacientes com sintomas da doença

Gustavo Abdel
igpaulista@rac.com.br
07/03/2015 às 05:00.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:07

Área no Mário Gatti destinada para pacientes com suspeita de dengue ficou superlotada nesta quinta-feira ( Edu Fortes/ AAN)

Os hospitais da rede pública e privada de Campinas já registraram um aumento no atendimento a pacientes com sintomas de dengue. Dos particulares, nesta sexta-feira (6), o Beneficência Portuguesa recebeu a confirmação da Vigilância Sanitária de Campinas de que três casos atendidos nos últimos dois meses foram confirmados como sendo de dengue. No Vera Cruz, somente em fevereiro foram 1.018 casos de provável diagnóstico positivo, um aumento de quase 400% na comparação ao mesmo período do ano passado.   Para enfrentar uma possível segunda epidemia grande de dengue, a Prefeitura de Campinas começou a reorganização do Complexo Hospitalar Ouro Verde e Hospital Municipal Mário Gatti para atendimento exclusivo de casos da doença. A medida ocorre devido a experiência do ano anterior e considerando o cenário regional e estadual: cidades próximas, como Mogi Mirim e Itapira, já vivem surtos da doença.   Mário Gatti   Mesmo sem um balanço de quantos casos suspeitos o Mário Gatti atende diariamente, a procura nesta sexta-feira por atendimento no Pronto-Socorro do hospital de pessoas com casos confirmados e suspeitos era grande. Como no caso do aposentado Valter Carvalho, de 66 anos, que já foi diagnosticado com a doença e recebe tratamento desde o dia 26 de fevereiro. "Tenho muita dor de cabeça, lombar e febre alta. Pelos cálculos, devo estar melhor na metade da próxima semana, já que o vírus dura de 8 a 15 dias no organismo", relatou Carvalho, que mora no Jardim Proença. Também no hospital municipal aguardava atendimento Wanderson de Sousa Quaresma, de 20 anos, diagnosticado com dengue há uma semana. Morador do Campo Belo, estava com os mesmo sintomas do aposentado Carvalho e do seu irmão Wallison, que também contraiu o vírus no mesmo período que ele. "Não dá vontade de fazer nada. No nosso bairro (Campo Belo) tem muita gente com suspeita", explicou.   Salas exclusivas A Secretaria de Saúde informou que no Ouro Verde e Mário Gatti os pacientes são direcionados a salas exclusivas de soro, evitando a fila de espera dos pacientes com outras doenças. A coleta de exames para confirmação da doença também é feita de forma separada.   No pronto-atendimento do Hospital Beneficência Portuguesa, no Centro, a merendeira Luciana Aparecida dos Santos, de 40 anos, está com dengue, e faz tratamento a base de hidratação. "Moro no Jardim Yeda, e na minha rua (Madre Clélia Merloni) tem pelo menos seis pessoas com dengue", apontou. De acordo com a administração do hospital, houve o registro de aumento em 60% no número de atendimento, mas o hospital ainda "está atualizando seus dados com relação aos casos suspeitos" .   Em alta Já no hospital Vera Cruz, a assessoria de imprensa divulgou que os números de suspeita real de dengue impacta diretamente no volume de atendimento do nosso Pronto Socorro. O hospital divulgou que os quadros com "severa suspeita" de dengue tiveram crescimento nos dois primeiros meses de 2015 em relação a igual período no ano passado.   Em janeiro de 2014, foram 51 casos de atendimento com provável diagnóstico positivo. Em janeiro deste ano, foram 283. Em fevereiro de 2014, o hospital registrou 213 casos de provável confirmação da doença. Já neste ano foram 1.018, um aumento de 377%. O hospital formatou um esquema de Pronto-Socorro em configurações devidamente com salas especiais e médicos com experiência com esse tipo de procedimento, "para poder atender à demanda sem abrir mão da qualidade da prestação dos serviços médicos, principalmente no que se refere à segurança do paciente", informou a nota.   Veja também Força-tarefa é criada para combater dengue O risco de uma nova epidemia de dengue fez a Prefeitura de Campinas criar um plano de contingência

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