Casal anda três quilômetros de ré no Centro de Sorocaba

Um rapaz, identificado apenas como RF, de 28 anos, e uma garota de 25, não identificada, protagonizaram cenas de filme de aventura, no centro de Sorocaba, no final da tarde deste sábado (23), a bordo de uma picape.

Eles tomaram o veículo de um amigo na Praça da Bandeira às 15h. Seguiram de ré até a rua Reynaldo Ferreira Leão, onde passaram sobre a calçada e ficaram em duas rodas. Depois foram à avenida Afonso Vergueiro.

Chegaram a passar de ré, mas já com as quatro rodas no chão, pela guarita do 7º Batalhão da Polícia Militar, na rua General Mena Barreto, desafiando a corporação e gritando palavras ofensivas, o que provocou uma perseguição.

Um bombeiro da guarita da rua Manoel Bento Ribeiro, do quartel da corporação, também deu o alerta e fez com que os bombeiros fossem atrás do casal, que atravessou ainda oito cruzamentos, ignorando semáforos.

O motorista fez curvas derrapando e deu freadas bruscas, mas conseguiu retornar à Praça da Bandeira e seguir em direção à região do Além-Linha, fora da área onde começou a exibição, e só parou após bater em uma mureta.

Ele não conseguiu passar debaixo do pontilhão que dá acesso à rua Moacir Figueira e aos bairros Vila Carvalho e Trujilo, de onde sairia do primeiro anel viário, por estar em marchá ré e não ter visão completa do obstáculo.

Apesar de bater e ser obrigado a parar por causa da colisão, o motorista ainda tentou tirar o veículo do local para retomar as proezas. Nesse momento, os policiais e os bombeiros conseguiram dominá-lo, algemá-lo e levá-lo.

Mas tiveram de amarrar também os pés dele, porque o rapaz dava chutes em todo mundo. Os policiais disseraram que ele estava muito forte e que espumava na boca, dizendo as frases: “Tenha fé”, “Tenho força” e “Deus”.

Após a prisão do rapaz e a da garota, o motorista teve de ser levado para o setor de psiquiatria do Hospital Regional para receber tratamento devido ao seu comportamento irascível, que poderia levá-lo a se machucar na delegacia.

Os policiais relataram que ele estava muito provavelmente sob o efeito de drogas, o que poderá ser confirmado em exames posteriores. A garota também parecia estar drogada, mas não agia da mesma maneira.

O dono da picape foi identificado. O nome não foi revelado. Ele disse que foi a uma casa de prostituição na sexta com o adolescente. Lá, encontraram a garota e a trouxeram para sua casa na Vila Santana.

Depois de uma noite de sexo e drogas, todos adormeceram. Por volta de 14h, o dono da picape acordou e não encontrou o casal e nem o veículo. Passou a ligar e a mandar torpedos ao adolescente, que não respondia.